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PF libera manifestantes presos em Brasília por faixa chamando Bolsonaro de genocida

Delegado da Polícia Federal liberou manifestantes no começo da tarde por não enxergar enquadramento possível como infração à LSN.

Protesto na Praça dos Três Poderes. (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A prisão de cinco manifestantes que estenderam um cartaz que associava o presidente Jair Bolsonaro a uma suástica nazista nesta quinta-feira (18) foi realizada em flagrante pela Polícia Militar do Distrito Federal, que viu a possibilidade de infração à Lei de Segurança Nacional e de apologia ao nazismo.

Encaminhados à superintendência da Polícia Federal, os manifestantes foram liberados no começo da tarde após o delegado da PF não enxergar enquadramento possível como infração à LSN.

Em nota, a PM disse que os prendeu “por infringir a Lei de Segurança Nacional ao divulgar a cruz suástica associando o símbolo ao Presidente da República”.

A suástica presente na faixa fazia referência à charge de Renato Aroeira que fez com que ele se tornasse alvo de pedido de inquérito do ministro da Justiça, André Mendonça.

Trata-se, na verdade, de uma cruz vermelha rasurada por uma figura que representa Bolsonaro, transformando-a numa suástica —em uma associação crítica do presidente ao nazismo, contrariamente a uma possível “apologia ao nazismo”.

A deputada Natália Bonavides (PT-RN), advogada, acompanhou o grupo enquanto eles prestavam depoimento à PF. Segundo ela, um deles, Rodrigo Pilha, é militante do PT.

“Não teve nenhum ato violento ou algo do tipo até a chegada da polícia”, diz a deputada, que conta que os militantes se queixaram de ameaças verbais da PM. “Foi agressiva, dizia que iriam direto para um presídio, que seriam enquadrados na Lei de Segurança Nacional. Relataram agressividade verbal. Na PF foi tudo muito tranquilo”.

Ela diz que o principal argumento apresentado para a prisão referia-se à frase “Bolsonaro Genocida”, presente no cartaz, que, na avaliação dos PMs, poderia ser vista como ameaça à segurança nacional.

Bonavides diz que ainda não sabe se eles responderão a inquérito e que essa definição só se dará após decisão da corregedoria da PF.

Com informações da Folha.


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