Economia
Produção da indústria eletrônica recua 10,6% em janeiro de 2021 após oito meses de altas consecutivas
A retração desse indicador agravou-se a partir do mês de março em decorrência dos impactos negativos da pandemia da Covid-19, permanecendo em queda até junho.
A produção da indústria elétrica e eletrônica, conforme dados do IBGE agregados pela Abinee, recuou 4,3% no mês de janeiro de 2021 em relação ao mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal. A retração na produção do setor foi influenciada pela redução de 10,6% na área eletrônica, visto que a área elétrica cresceu 1,4%. As informações são da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinne). Essa foi a primeira queda após oito meses de altas consecutivas.
Ao comparar com janeiro de 2020, a produção do setor ficou praticamente estável, com queda de 0,3%.
Esse resultado foi consequência da diminuição de 10,1% na produção da área eletrônica e do incremento de 9,3% da área elétrica.
No primeiro caso, aumentou apenas a produção de bens de informática (+23,2%).
Os demais segmentos apontaram retrações, tais como: aparelhos de áudio e vídeo (-24,1%), componentes eletrônicos (-23,0%), instrumentos de medida (-20,6%) e equipamentos de comunicação (-0,6%).
Na área elétrica, foram observados aumentos na produção de quase todos os segmentos, com exceção de lâmpadas e outros equipamentos de iluminação (-2,1%).
Os maiores incrementos foram na produção de eletrodomésticos (+15,6%) e de pilhas e baterias (+15,3%).
No caso de outros equipamentos elétricos – onde estão classificados os aparelhos elétricos de alarme para proteção contra roubo ou incêndio e eletrodos, escovas e outros artigos de carvão ou grafita para usos elétricos, a elevação foi mais expressiva, atingindo 19,1%.
Cresceram também os geradores, transformadores e motores elétricos (+4,3%) e equipamentos para distribuição e controle de energia elétrica (+2,7%).
A média móvel anual da produção total da indústria eletroeletrônica vinha mostrando melhora nos últimos meses de 2019, porém, piorou a partir de fevereiro de 2020.
A retração desse indicador agravou-se a partir do mês de março em decorrência dos impactos negativos da pandemia da Covid-19, permanecendo em queda até junho.
Contudo, a partir de julho de 2020 já foi possível observar melhora neste índice, sugerindo retomada da atividade.
Os resultados favoráveis apontados nos últimos meses de 2020 amenizaram a queda da produção da indústria eletroeletrônica, que encerrou o ano com uma retração mais amena do que se esperava em meados do ano passado.
Em janeiro de 2021 percebeu-se uma pequena queda. Mesmo com essa retração, é esperado que o crescimento observado desde julho no ano passado permaneça nos próximos meses.
Porém é importante ressaltar que esse comportamento vai depender do controle da pandemia e da vacinação em massa.
Também serão fundamentais as ações do Governo e a aprovação das reformas que reduzam o Custo Brasil, criando condições adequadas para produção e geração de empregos.
Indústria Geral
A produção da indústria geral cresceu 0,4% no mês de janeiro de 2021 em relação ao mês imediatamente anterior, com ajuste sazonal. Esse incremento contou com a elevação de 1,5% da indústria extrativa, uma vez que a indústria de transformação caiu 0,1%.
Esses resultados foram melhores do que a queda de 4,3% verificada no setor eletroeletrônico.
Na comparação com janeiro do ano passado, a produção da indústria geral aumentou 2,0% e da indústria de transformação cresceu 2,3%. Neste caso também, os resultados foram superiores à redução de 0,3% da indústria eletroeletrônica.
Ao avaliar por categorias econômicas, destacou-se a elevação de 17,0% na produção de bens de capital em janeiro de 2021 em relação a janeiro de 2020.
No caso de bens de consumo observou-se queda de 1,2% no período citado.
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