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Brasil

Justiça Federal mantém decisão que impediu aluno que estudou em escola particular acessar instituição federal por meio de cota

Aluno estudou parte do ensino fundamental em ensino privado e acessou uma vaga em um instituto federal por meio de cota para rede pública. Justiça derrubou o acesso

Justiça entendeu que as cotas são para alunos sem condições financeiras Foto: Raphael Alves

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) manteve a sentença que julgou improcedente o pedido de um aluno, que cursou parte do ensino fundamental em instituição de ensino privado, para que fosse matriculado em curso técnico oferecido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA). O estudante foi aprovado dentro do número de cotas para estudantes da rede pública.

Segundo o TRF1, em seu recurso o aluno sustentou que a sentença deve ser reformada, pois estudou somente parte do ensino fundamental em escola particular e, ainda assim, na qualidade de bolsista.

Ao analisar o caso, o relator, juiz federal Roberto Carlos de Oliveira, destacou que o edital do certame exige que o candidato cotista tenha cursado integralmente o ensino médio em instituição pública.

De acordo com o magistrado, o objetivo do sistema de cotas é propiciar aos candidatos menos favorecidos o acesso ao ensino universitário, visto que, por não poderem pagar uma escola particular de boa qualidade, levam desvantagem na disputa por uma vaga no curso superior, ao confrontarem com alunos oriundos de instituições privadas de ensino.

“Logo, se o demandante teve acesso a uma melhor qualidade de ensino fundamental, ainda que ministrada sob o amparo de bolsa de estudos, não estava legitimado a concorrer pelo sistema de cotas”, concluiu o juiz federal.

O Colegiado da Sexta Turma, por unanimidade, negou provimento à apelação, nos termos do voto do relator.


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