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Deputado Daniel Silveira alega arrependimento: “me excedi”.

Caberá à Câmara dos Deputados, em Brasília, decidir se mantém a prisão ou não do deputado bolsonarista. A sessão está marcada para o final da tarde desta sexta-feira (19).

Deputado Daniel Silveira (PSL/RJ).(Foto: Luis Macedo/Agência Câmara)

O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) admitiu ter se excedido na fala durante vídeo que o levou à cadeia, esta semana. Em sessão na Câmara dos Deputados, na tarde desta sexta-feira, 19/02, que avalia se mantém ou revoga a prisão e a continuidade do seu mandato, Silveira também pediu desculpas pelo material. O parlamentar foi preso em “flagrante delito” na última terça-feira (16) por fazer ameaças a ministros do STF e ao Estado Democrático de Direito, segundo decisão do ministro Alexandre de Moraes. A informação é do UOL.

“Assisti ao vídeo 3 vezes e vi que me excedi na fala’, disse ele. “Peço desculpas a todo o Brasil, todos os juristas renomados, que perceberam que me excedi na fala. Peço desculpas a qualquer brasileiro que tenha se ofendido, mas já me arrependi”, confessou. Na oportunidade, ele disse que as falas foram “realmente duras” e que mudou de opinião “um ou dois dias depois”. “Em um dia ou dois nós mudamos a cabeça, nós mudamos a mente. Não estou aqui querendo justificar a fala no meu primeiro mandato, talvez por uma inexperiência sobre o que esta acontecendo no Brasil”, confessou.

O parlamentar também admitiu que havia “outros modos para se expressar” e comentou que seu caso trará mais O parlamentar também admitiu que havia “outros modos para se expressar” e comentou que seu caso trará mais de “respeito” entre os deputados. “Eu friso aqui que em momento algum eu vejo ponto positivo na minha fala, mas vejo um ponto positivo, que o senhor [Lira] disse: que abriria um precedente no ponto de hoje em que teremos mais respeito na Câmara”, opinou. Silveira divulgou um vídeo com ataques a ministros da Corte — em especial, a Edson Fachin, Gilmar Mendes e ao próprio Moraes. Ele foi preso em Petrópolis, cidade da região serrana do Rio, pela PF (Polícia Federal). Nas redes sociais, Silveira confirmou que a Polícia Federal foi a sua casa, em Petrópolis.

“Aos esquerdistas que estão comemorando, relaxem, tenho imunidade material. Só vou dormir fora de casa e provar para o Brasil quem são os ministros dessa Suprema Corte. Ser ‘preso’ sob estas circunstâncias é motivo de orgulho”, publicou. Ele é investigado em dois inquéritos: o que investiga notícias falsas e ameaças contra membros do STF – caso dentro do qual a prisão foi decretada – e o que mira o financiamento e organização de atos antidemocráticos em Brasília. Em junho, o parlamentar foi alvo de buscas e apreensões pela PF e teve o sigilo fiscal quebrado por decisão de Moraes. Em depoimento, o deputado negou produzir ou repassar mensagens que incitassem animosidade das Forças Armadas contra o STF ou seus ministros.

Juiz mantém prisão

O juiz Airton Vieira, que atua em auxílio ao ministro do STF Alexandre de Moraes, decidiu manter ontem a prisão de Daniel Silveira após a audiência de custódia —que tem como objetivo avaliar eventuais ilegalidades na detenção. Ela foi realizada na Delegacia de Dia da SRRJ (Superintendência Regional no Rio de Janeiro), e presidida pelo juiz instrutor por meio de videoconferência. A PGR (Procuradoria-Geral da República) também participou. Agora, caberá à Câmara dos Deputados decidir se mantém a prisão ou não do deputado bolsonarista. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), decidiu que o caso será votado hoje (19) —a sessão foi marcada para as 17h, após reunião após reunião realizada com os líderes da Câmara.


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