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Chefe executiva de Hong Kong rejeita demandas de manifestantes

As pessoas em Hong Kong vêm protestando contra um projeto de lei que tornaria possível transferir suspeitos para a China Continental para serem julgados.

A chefe executiva de Hong Kong, Carrie Lam, declarou que está disposta a criar uma plataforma de diálogo com os manifestantes, mas não chegou a aceitar as demandas feitas por eles.

As pessoas em Hong Kong vêm protestando contra um projeto de lei que tornaria possível transferir suspeitos para a China Continental para serem julgados.

Organizadores afirmam que 1,7 milhão de pessoas se mobilizaram para as manifestações do último domingo (18), o segundo maior número desde que os protestos tiveram início há mais de dois meses. O evento terminou sem confrontos com a polícia.

Em entrevista nesta terça-feira (20), Lam disse que “espera sinceramente que esse tenha sido o início do retorno da sociedade à paz, e que se afaste da violência.”

Segundo Lam, seu governo iniciará imediatamente trabalhos para o estabelecimento de uma plataforma de diálogo. Ela anunciou que, a partir desta semana, começará a receber grupos que haviam pedido negociações.

Ela também deixou claro que seu governo irá convidar especialistas internacionais para analisar se a polícia respondeu de forma correta aos protestos.

No entanto, Lam rejeitou mais uma vez as demandas dos manifestantes para a retirada completa do projeto de lei e para a realização de um inquérito independente sobre as ações da polícia nos protestos.

Redes sociais

As redes sociais nos Estados Unidos, Twitter e Facebook, informaram que suspenderam contas com o objetivo de prejudicar as manifestações que estão ocorrendo em Hong Kong. Elas dizem que confirmaram o envolvimento de autoridades chinesas nessas contas.

Nessa segunda-feira (19), o Twitter informou que suspendeu 936 contas que acredita terem origem na China Continental. A empresa afirma que as contas mostravam conteúdos que afetavam a legitimidade dos protestos em Hong Kong, provocando discórdias políticas na região.

Segundo relatos, muitas das contas usavam VPN, ou serviços de rede privada virtual, para acessar o Twitter, tendo em vista que o governo chinês havia bloqueado o acesso à plataforma.

O Twitter disse que, em sua investigação, descobriu o envolvimento sistemático de autoridades chinesas nas contas.

O Facebook acrescentou que removeu cinco contas e sete páginas, algumas que mostravam os manifestantes como terroristas. Lembrou que as postagens foram carregadas por meio de contas falsas que se apresentavam como veículos de mídia. O Facebook disse ainda que descobriu um possível envolvimento de pessoas ligadas a autoridades chinesas.


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