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Se a Argentina fechar a economia, deixamos o Mercosul, diz Guedes
Nos últimos dias, acirramento da guerra comercial entre EUA e China e a vitória da chapa Alberto Fernández e Cristina Kirchner na Argentina trouxeram turbulência ao mercado financeiro global.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira (15) que a guerra comercial entre Estados Unidos e China e a turbulência na Argentina não devem atrapalhar a dinâmica de crescimento da economia brasileira.
“Não tenho receio nem do balancê da Argentina nem de uma eventual queda de um gigante lá fora. Não acho que isso vai afetar a nossa dinâmica de crescimento”, afirmou Guedes.
A declaração foi feita durante participação em evento do banco Santander, em São Paulo. “Temos que fazer a nossa parte e consertar o país.”
Nos últimos dias, o acirramento da guerra comercial entre EUA e China a vitória da chapa Alberto Fernández e Cristina Kirchner nas prévias da eleição da Argentina trouxeram turbulência ao mercado financeiro global e local. No Brasil, o dólar chegou a superar a barreira de R$ 4, e a bolsa de valores perdeu o patamar de 100 mil pontos.
“Pode afetar a nossa taxa de câmbio, mas vão continuar comendo”, afirmou, em referências às exportações de commodities do Brasil para o resto do mundo, sobretudo para a China. “A pergunta é se o dólar vai para R$ 4,30 ou para R$ 3,30, mas eu realmente eu acho que não vai afetar a nossa dinâmica.”
O ministro também afirmou que o Brasil pode deixar o Mercosul se uma eventual vitória da chapa Kirchner travar o acordo entre o bloco e a União Europeia. Em junho, os dois blocos assinaram um acordo de livre comércio depois de 20 anos de negociação.
“O Mercosul é um veículo para a gente abrir a economia. E, se a Kirchner entrar e quiser fechar, a gente sai do Mercosul”, afirmou Guedes. “Vamos abrir (a economia) de qualquer jeito”, disse
Guedes voltou a afirmar que, depois da reforma da Previdência, o governo vai seguir na agenda reformas, em especial na da reforma tributária. O projeto a ser enviado pelo governo vai enfrentar a concorrência de ao menos outras duas propostas que estão tramitando na Câmara dos Deputados e no Senado.
O ministro defendeu a criação de um imposto sobre valor agregado (IVA) pare reunir os tributos federais – como PIS, Cofins e parte do IOF – e que vai caber aos estados e municípios a adoção ou não do mesmo sistema. “Vou fazer a minha parte, não impor. Não vai ter choque”, afirmou.
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