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Brasil ultrapassa 185 mil mortes pela Covid-19, informa consórcio de imprensa

O País teve, nas últimas 24 horas, mais 811 mortes e 52.385 casos pelo novo coronavírus registrados; média de mortes nos últimos sete dias é de 748, aumento de 31% em relação a 14 dias atrás.

O Brasil registrou 811 mortes pela Covid-19 e 52.385 casos da doença, nesta sexta-feira (18). O País, assim, chega a 185.687 óbitos e a 7.163.912 de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. A Amapá foi o único estado a não divulgar dados atualizados da pandemia. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Os dados do País são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S.Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Além dos dados diários, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 748, aumento de 31% em relação a 14 dias atrás. O País vem em uma tendência de alta de mortes já desde meados de novembro, com um breve intervalo de estabilidade.

Todas as regiões continuam com aumento da média móvel de mortes em relação a 14 dias atrás. Somente o Norte tem situação estável (com 13% de aumento).

Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe têm média móvel de mortes crescente em relação ao dado de 14 dias atrás.

Acre, Amapá, Amazonas, Goiás, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins estão em estabilidade. Somente o Maranhão apresenta queda da média móvel de mortes dos últimos 7 dias.

Os estados com mais casos registrados são São Paulo (9.922), Rio Grande do Sul (5.721), Minas Gerais (5.565), Santa Catarina (5.160), Paraná (4.484) e Rio de Janeiro (3.601).

Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Pernambuco tiveram, cada um, mais de mil infecções registradas nesta sexta-feira (18).

O Brasil tem uma taxa de 88,6 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (312.845), e o Reino Unido (66.150), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 95,8 e 100,3 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (112,4), país com 67.894 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.

O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 116.487 óbitos, tem 92,3 mortes para cada 100 mil habitantes.

Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 115,2. O país tem 36.858 óbitos pela Covid-19.

A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 144.789 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 10,7 óbitos por 100 mil habitantes.

Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 93,3 mortes por 100 mil habitantes (41.534 óbitos).

Já o balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (18) registrou 52.544 novos casos de contaminação pelo novo coronavírus no Brasil e 823 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, foram 185.650 óbitos acumulados e 7.162.978 casos confirmados no país.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​​​​​​​


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