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Brasil ultrapassa 6,5 milhões de casos de Covid-19 em mais um dia de elevada contaminação

O País registrou, nas últimas 24 horas, mais 47.435 diagnósticos positivos e 674 óbitos para o novo coronavírus; média de mortes nos últimos sete dias é de 569, o que representa crescimento de 5% em relação a 14 dias atrás.

O Brasil registrou 674 mortes pela Covid-19 e 47.435 casos da doença, nesta sexta-feira (4), em mais um dia com número elevado de contaminação. Com isso, o País chegou a 175.981 óbitos e a 6.534.951 de infecções pelo novo coronavírus desde o começo da pandemia. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 569, o que representa crescimento de 5% em relação a 14 dias atrás, um cenário de estabilidade de mortes. Nas últimas semanas, o País variou entre situações de queda da média, chegando a uma estabilidade posterior e, recentemente, passando a apresentar crescimentos.

A média recente, porém, foi afetada por um apagão de dados de alguns estados. De toda forma, dados do País e especialistas que os acompanham têm apontado tendências de aumento de casos de Covid-19, o que normalmente precede o crescimento das mortes pela doença.

Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S.Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Norte, Nordeste e Sul apresentam crescimento da média móvel de mortes, em relação ao dado de 14 dias atrás. Sudeste e Centro-Oeste estão em estabilidade.

Acre, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe têm aumento da média móvel de mortes.

Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Piauí, São Paulo e Tocantins estão em estabilidade quanto ao dado.

Com isso, somente Alagoas, Goiás e Rio de Janeiro (que enfrenta situação crítica de contaminação e lotação de hospitais) apresentam queda.

O Brasil tem uma taxa de 84 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (278.417), e o Reino Unido (60.714), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 85,2 e 91,4 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (97,4), país com 58.852 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.

O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 108.173 óbitos, tem 85,7 mortes para cada 100 mil habitantes.

Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 112,8. O país tem 36.076 óbitos pela Covid-19.

A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 139.188 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 10,3 óbitos por 100 mil habitantes.

Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 88,8 mortes por 100 mil habitantes (39.512 óbitos).

Já o boletim do Ministério da Saúde, divulgado na noite desta sexta-feira (4), aponta que o Brasil registrou 694 novas mortes em decorrência da Covid-19. O País chega agora a um total de 175.964 óbitos desde o início da pandemia. O boletim também mostra que 46.884 pessoas contraíram a doença nas últimas 24 horas. Com essa acréscimo, o total de casos confirmados subiu para 6.533.968.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​​​​​


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