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Brasil ultrapassa 161 mil óbitos por Covid-19, informa consórcio de imprensa

Nas últimas 24 horas, o País registrou mais 622 mortes e 23.815 casos do novo coronavírus; média de mortes nos últimos sete dias é de 384, o que representa um cenário de queda em relação à média de 14 dias atrás.

O Brasil registrou 622 mortes pela Covid-19 e 23.815 casos da doença, nesta quarta-feira (4). Com isso, o País chegou a 161.170 óbitos e a 5.590.941 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. O Amapá não enviou dados nesta quarta por causa de um apagão elétrico. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 384, o que representa um cenário de queda em relação à média de 14 dias atrás. Nas últimas semanas, o país variou entre situações de queda da média e estabilidade.

Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Todas as regiões do País apresentam queda na média móvel de mortes. Pará e Santa Catarina são os únicos estados com aumento da média móvel de mortes em relação a 14 dias atrás. Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Sergipe apresentam estabilidade. Os demais e o Distrito Federal estão em queda.

O Brasil tem uma taxa de 76,9 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (233.535), e o Reino Unido (47.832), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 71,5 e 72 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

O Brasil também já ultrapassou a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (65,8). O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 92.593 óbitos, tem 73,4 mortes para cada 100 mil habitantes. Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 107,8. O país tem 34.476 óbitos pela Covid-19.

A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 123.611 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 9,1 óbitos por 100 mil habitantes. Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 72 mortes por 100 mil habitantes (32.052 óbitos).

Já os dados divulgados nesta quarta-feira (4) pelo Ministério da Saúde apontam 23.976 novos casos confirmados de Covid-19 nas últimas 24h, com 610 novas mortes. Com isso, o balanço federal já registra 5.590.025 casos da doença desde o início da epidemia, com 161.106 óbitos. Há, ainda, 2.295 mortes em investigação.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​


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