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Brasil

Governo federal planeja garantir 300 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 em 2021

A demanda para a imunização da população do País será obtida de acordos com a AstraZeneca e a Universidade de Oxford e com o consórcio internacional Covax Facility, que assegura o acesso às vacinas desenvolvidas por nove laboratórios do mundo.

O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (8) que já obtém contrato para obter 140 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus para o primeiro semestre de 2021. Ao longo de todo o próximo ano, a pasta pretende contar com até 300 milhões de doses para atender a demanda de imunização da população brasileira. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Em entrevista coletiva a jornalistas, o secretário-executivo da pasta, Élcio Franco, disse que 100 milhões de doses virão da parceria entre a AstraZeneca e a Universidade de Oxford. As outras 40 milhões de doses serão obtidas através do mecanismo Covax Facility, liderado pela OMS (Organização Mundial de Saúde). O Brasil anunciou a adesão ao mecanismo em setembro deste ano, quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) editou medida provisória liberando R$ 2,5 bilhões.

Até o momento, R$ 800 milhões já foram pagos para o Covax Facility. O acordo permite acesso a vacinas que estão sendo desenvolvidas por nove laboratórios de diferentes partes do mundo.

Franco afirmou que a quantidade acertada com o mecanismo prevê a imunização de 10% da população brasileira, mas esse percentual pode aumentar. Isso porque, inicialmente, trabalha-se com a possibilidade de uma vacina que seja aplicada em duas doses, capaz, portanto, de imunizar 20 milhões de pessoas.

A presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Nísia Trindade de Lima, disse que espera receber o resultado dos estudos clínicos de fase 3 (última fase de testes antes da aprovação final) da vacina de Oxford entre os meses de novembro e dezembro. Em janeiro, há a previsão do recebimento dos componentes para a produção imediata de 30 milhões de doses.

A produção no primeiro semestre ainda será feita em parceria com as instituições estrangeiras. Após a transferência de tecnologia, a partir do segundo semestre, a produção será inteiramente nacional. “O acordo prevê 100 milhões de doses no primeiro semestre e uma produção totalmente nacional a partir do segundo semestre de 2021”, afirmou.

Em relação ao segundo semestre, Lima afirmou que a estimativa de produção varia entre 100 milhões e 165 milhões de doses. A quantidade ainda não está definida, porque depende da complexidade do processo de incorporação da tecnologia.

O Ministério da Saúde também informou que criou uma câmara técnica para estudar um programa de imunização contra a Covid-19. A expectativa é que um plano para a aplicação da vacina contra a nova doença seja finalizado até o final do ano, especificando grupos prioritários e datas, entre outros aspectos.


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