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Brasil

Mesmo com expansão da ocupação, sindicalização segue em queda na Região Norte, diz IBGE

De 2012 a 2019, o contingente de sindicalizados no país caiu em 3,8 milhões de pessoas.

Em 2019, 11,2% (ou 10,6 milhões de pessoas) dos trabalhadores do Brasil eram associados a sindicato, uma taxa inferior à de 2018 (12,5% ou 11,5 milhões). A taxa de sindicalização na Região Norte caiu de 10,9%, em 2018, para 8,9%, em 2019. Nordeste (12,8%) e Sul (12,3%) registraram as taxas mais altas, enquanto Norte (8,9%) e Centro-Oeste (8,6%), as menores.

As informações são da da Pnad Contínua, divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De 2012 a 2019, o contingente de sindicalizados no país caiu em 3,8 milhões de pessoas, sendo 1,3 milhão a menos no Sudeste.

A queda acontece mesmo com o aumento de 2,5% na população ocupada, estimada em 94,6 milhões de pessoas em 2019, (contra 92,3 milhões, em 2018). A última vez em que a taxa de sindicalização cresceu foi em 2013.

Em 2019, 20,1% das pessoas ocupadas como conta própria possuíam registro no CNPJ, porém, entre os empregadores, essa cobertura era 80,4%.

Regionalmente, Norte (12,1%) e Nordeste (16,3%) tinham as menores proporções de empregados ou conta própria com CNPJ. Por outro lado, a região Sul tinha o maior percentual desses trabalhadores com CNPJ (41,5%). Em relação a 2018, o Sul teve o principal avanço (de 39,8% para 41,5%); enquanto no Norte e no Centro-Oeste o recuo foi de 1,3 e 0,4 ponto percentual, respectivamente.

Frente a 2012, o contingente aumentou em 2,7 milhões de pessoas (47,5%). Dentre as Grandes Regiões, destacam-se o Sul e o Sudeste, que além de já registrarem os maiores percentuais, foram as que mais expandiram essa estimativa: 6,2 e 5,9 pontos percentuais, nessa ordem.

Em 2019, cerca de 10,4% da população ocupada do país trabalhavam em fazenda, sítio, granja, chácara, etc. Essa participação sofreu queda: em 2012, ela chegava a 13,4%. Norte (17,3%) e Nordeste (15,4%) apresentaram os maiores percentuais de pessoas trabalhando nesses locais e o Sudeste, o menor (6,2%).

Em 2019, entre os 10,6 milhões de sindicalizados, a maioria – 67,3% ou 7,1 milhões – tinha pelo menos o ensino médio completo e 31,7% ou 3,4 milhões, o ensino superior. Dentro da população ocupada total, foram estimados 60,1% para os de ensino médio e 20,4 % com ensino superior. A menor taxa de sindicalização (7,1%) ficou entre os ocupados com ensino fundamental completo e médio incompleto. No ensino superior completo, a estimativa é de 17,3%. Na comparação com 2018, apenas a taxa de sindicalização dos trabalhadores sem instrução e fundamental incompleto continuou estável em 10,4%.

Os homens, com 11,4%, são a maior parte dos sindicalizados, enquanto as mulheres respondem por 10,9%. Esse é o padrão observado desde 2012, embora tenha ocorrido redução gradativa na diferença.


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