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Amazonas

Assembleia retoma votação final do impeachment de Wilson Lima e Carlos Almeida Filho

Não há horas definida para a votação, que deverá ser decidida por uma comissão a ser formada por indicados dos blocos partidários até às 15h30.

A Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE) retomou, agora há pouco,  a realização da reunião   da votação, em plenário, do relatório da Comissão Especial que aprovou o parecer apresentado pelo deputado relator Dr. Gomes (PSC), que propôs o arquivamento do processo de impeachment do governador Wilson Lima (PSC) e do vice-governador Carlos Almeida Filho (PTB).

Os deputados decidiram ouvir os blocos e líderes partidários para, independentemente de outras medidas decidirem como encaminhar o processo de votação. A decisão foi tomada com a informação do presidente da Casa, Josué Neto, de que não poderia participar diretamente das decisões, de acordo com a legislação, e que os líderes partidários ou blocos partidários deveriam eleger uma comissão.

O parecer da Comissão Especial do Impeachment foi pelo arquivamento do processo de impedimento por “ausência de justa causa”. Na Comissão, formada por 17 membros, votaram a favor do arquivamento do processo os deputados: Alessandra Campelo (MDB), Therezinha Ruiz (PSDB), Dr. Gomes (PSC), Saullo Vianna (PTB), Belarmino Lins (Progressistas), Cabo Maciel (PL), Roberto Cidade (PV), Carlinhos Bessa (PV), Joana Darc (PL), Adjuto Afonso (PDT). O único que votou pelo impeachment foi o deputado Wilker Barreto (Podemos).

No final de abril, o presidente da ALE, Josué Neto PRTB), encaminhou o pedido de impeachment, por “crime de responsabilidade”, do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) e do vice-governador, Carlos Almeida Filho, apresentado. O pedido de impedimento foi feito pelos médicos Mário Vianna e Patrícia Sicchar, que dirigem o Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), e aponta para  crimes de mau uso de dinheiro público e atos de improbidade administrativa.

Entre os fatos narrados no pedido de impeachment estão o colapso no sistema de saúde do Amazonas, com falta de leitos clínicos e de UTI, e o aumento do número de mortes por Covid-19, incluindo três médicos, e o aluguel de imóvel do grupo Nilton Lins por R$ 2,6 milhões.

Os médicos citam o patrocínio de R$ 1 milhão a um programa de TV local, o aumento de até 465% da remuneração de servidores do alto escalão e o pagamento de R$ 736 milhões de dívidas de gestões anteriores em período “absolutamente delicado”. E afirmam que “a atual gestão do Governo do Amazonas se mostrou ser inteiramente inapta a gerenciar e aplicar as verbas públicas de forma devida”.


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