Amazonas
PNAD mostra queda na taxa de analfabetismo e persistência em desigualdades sociais na educação do Amazonas
Persistem as desigualdades regionais, de gênero e de cor e raça: mulheres permaneciam mais escolarizadas do que os homens, exceto no recorte sobre o analfabetismo de pessoas acima dos 60 anos.
Os resultados do módulo de Educação da Pesquisa Anual por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (15), revelam que houve melhora em praticamente todos os indicadores educacionais no Amazonas, entre 2016 e 2019. A taxa de analfabetismo, foi de 6,9%, em 2016, para 5,4%, em 2019, queda 1,5 ponto percentual (p.p.), neste indicador.
Entretanto, persistem as desigualdades regionais, de gênero e de cor e raça: mulheres permaneciam mais escolarizadas do que os homens, exceto no recorte sobre o analfabetismo de pessoas acima dos 60 anos; e pessoas brancas tiveram indicadores educacionais melhores que os das pessoas pretas ou pardas.
No Amazonas, em 2019, havia 158 mil pessoas, com 15 anos ou mais de idade, analfabetas, o equivalente a uma taxa de analfabetismo de 5,4%; taxa menor do que a média nacional (6,6%). Em 2019, 2,8% das pessoas de 15 anos ou mais de cor branca eram analfabetas, percentual que se eleva para 5,9% entre pessoas de cor preta ou parda, uma diferença de 3,1 p.p. Entre aqueles que não completaram a educação básica no Amazonas, 5,7% não possuíam instrução, 29,7% tinham o ensino fundamental incompleto, 6,1% tinham o ensino fundamental completo e 4,4%, o ensino médio incompleto.
Outro indicador da educação do Amazonas, diz respeito a conclusão da educação básica1 obrigatória. De 2016 para 2019, passou de 48,6% para 54,1% entre a população de 25 anos ou mais. A média nacional era de 48,8%. E, considerando cor ou raça, assim como na média nacional, era maior entre brancos (70,4%) do que pretos ou pardos (50,9%).
Se o acesso à escola tem melhorado, permanecem os problemas do atraso escolar e da evasão, mais característicos do ensino médio (15 a 17 anos), onde foi registrada, em 2019, taxa de frequência líquida de 65,1%, ou seja, 34,9% dos alunos estavam atrasados ou tinham deixado a escola, no Amazonas. A taxa de frequência líquida nessa faixa era menor para pretos ou pardos (63,6%) do que para brancos (75,7%). Esse indicador era menor para homens (60,8%) do que mulheres (70,2%).
Analfabetismo
No Amazonas, em 2019, havia 158 mil pessoas, com 15 anos ou mais de idade, analfabetas, o equivalente à taxa de analfabetismo de 5,4%. No Brasil, essa taxa, em 2019, foi de 6,6%, ou seja, 1,2 p.p. maior do que a do Estado. Ao longo de todo o período do estudo da PNAD Contínua – Educação (desde 2016), a taxa de analfabetismo do Estado foi menor do que a média nacional. Em relação a 2018 (5,8%), houve redução de 0,4 ponto percentual, e em relação a 2016 (6,9%), a redução foi de 1,5 ponto percentual.
No Amazonas, o analfabetismo está diretamente relacionado à idade. Em 2019, 18,3% das pessoas com 60 anos ou mais de idade, o que corresponde a 71 mil pessoas analfabetas. Ao incluir gradualmente, os grupos etários mais novos, observa-se queda no analfabetismo: para 10,4%, considerando pessoas com 40 anos ou mais, para 7,1%, considerando aquelas com 25 anos ou mais e 5,4%, levando em conta a população com 15 anos ou mais.
Na Região Metropolitana de Manaus, em 2019, a pesquisa revela percentuais mais baixos de analfabetismo. Os dados indicam que 9,3% das pessoas com 60 anos ou mais de idade e 2,5% das pessoas com 15 anos ou mais eram analfabetas.
Estes resultados indicam que as gerações mais novas estão tendo maior acesso à educação e sendo alfabetizadas ainda enquanto crianças. Além disso, a tendência é de queda na taxa de analfabetismo. De 2016 para 2019, houve queda de 4,0 p.p. no analfabetismo entre os idosos; e queda de 1,5 p.p no analfabetismo entre os jovens de 15 anos ou mais, no Estado.
Na Região Metropolitana de Manaus, em relação a 2016, houve queda de 3,2 p.p. no analfabetismo entre os idosos, e queda de 1,1 p.p., no analfabetismo entre os jovens de 15 anos ou mais.
Analfabetismo alcança 9,2% dos idosos brancos e 20,0% dos pretos ou pardos.
Na análise por cor ou raça, em 2019, no grupo etário 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo das pessoas de cor branca alcança 9,2% e, entre as pessoas pretas ou pardas, amplia-se para 20,0%, ou seja, diferença de 10,8 p.p. Apesar de mais alto, o analfabetismo entre as pessoas de 60 anos ou mais de cor preta ou parda teve a maior redução entre 2016 e 2019 (4,6 p.p.).
Também de acordo com a pesquisa, em 2019, 2,8% das pessoas de 15 anos ou mais de cor branca eram analfabetas, percentual que se eleva para 5,9% entre pessoas de cor preta ou parda, ou seja, a taxa de analfabetismo entre os pretos e pardos desse grupo de idade é 3,1 p.p. mais alto em comparação à taxa dos brancos.
Veja o Estudo completo da PNAD sobre o Amazonas.
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