Conecte-se conosco

Brasil

IBGE: em maio, 15% dos trabalhadores da Região Norte não tiveram remuneração

Em maio, 24 milhões de pessoas apresentaram sintomas associados à COVID-19 e a região Norte mostrou o maior percentual (18,3%) de pessoas nessa condição.

Entre os 84,4 milhões de trabalhadores do país, cerca de 19,0 milhões estavam afastados do trabalho e, entre estes, 9,7 milhões estavam sem sua remuneração, o equivalente a 11,5% da população ocupada em maio de 2020. Nesse mês, cerca de 16,8% dos trabalhadores do Nordeste e 15,0% do Norte estavam sem remuneração.

No Nordeste, 26,6% dos trabalhadores (ou 5 milhões de pessoas) estavam afastados do trabalho pela pandemia, a maior proporção entre as cinco regiões.

Em maio, a PNAD COVID19 constatou que 27,9% da população ocupada (ou 18,3 milhões de pessoas) trabalharam menos do que a sua jornada habitual, enquanto cerca de 2,4 milhões de pessoas trabalharam acima da média habitual. A média semanal de horas efetivamente trabalhadas (27,4h) no país ficou abaixo da média habitual (39,6h).

Efeito similar foi observado no rendimento efetivo dos trabalhadores (R$ 1.899), que ficou 18,1% abaixo do rendimento habitual (R$ 2.320).

Em maio, 38,7% dos domicílios do país receberam algum auxílio monetário do governo relacionado à pandemia, no valor médio de R$ 847. Mais da metade dos domicílios das regiões Norte e Nordeste receberam esse tipo de auxílio.

Em maio, 24 milhões de pessoas apresentaram sintomas associados à COVID-19 e a região Norte mostrou o maior percentual (18,3%) de pessoas nessa condição.

Norte e Nordeste têm as maiores taxas de desocupação

Em maio, a PNAD COVID19 estimou que o país tinha 160,9 milhões com 14 anos ou mais de idade, a chamada população em idade de trabalhar. A população na força de trabalho eram 94,5 milhões, dos quais 84,4 milhões eram ocupados e 10,1 milhões desocupados. A população fora da força de trabalho somava 75,4 milhões de pessoas.

As mulheres eram maioria na população residente (51,1%) e na população em idade de trabalhar (51,6%), mas não na força de trabalho (43,5%). Entre os ocupados, as mulheres representavam 42,8% e, entre os desocupados, 49,5%.

O total de desocupados ficou em 10,1 milhões de pessoas e a taxa de desocupação chegou a 10,7%. As taxas das regiões foram: Centro-Oeste (11,4%) Nordeste (11,2%), Norte (11,0%), Sudeste (10,9%) e Sul (8,9%). A taxa de desocupação entre as mulheres (12,2%) foi maior que a dos homens (9,6%).

Entre os 19,0 milhões de trabalhadores do país que estavam afastados do trabalho na semana de referência, aproximadamente 9,7 milhões de pessoas estavam sem a remuneração do trabalho. Este total representava 51,3% das pessoas afastadas do trabalho que tinham e correspondia a 11,5% do total de ocupados. Nordeste e Norte mostraram os maiores percentuais de pessoas afastadas do trabalho e sem remuneração: 55,3% e 53,2% das pessoas afastadas e 16,8% e 15,0% da população ocupada na região, respectivamente.

Em maio, havia 75,4 milhões de pessoas fora da força de trabalho no Brasil, dos quais 34,9% não procuraram trabalho, mas gostariam de trabalhar, e 24,5% não procuraram principalmente devido à pandemia ou porque faltava trabalho na localidade em que residia, mas também gostaria de trabalhar. Nas regiões Nordeste e Norte, ficaram acima dos 30% os percentuais de pessoas fora da força de trabalho e que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho.

A proporção de domicílios que receberam algum auxílio relacionado à pandemia foi para Brasil de 38,7% do total, as Regiões Norte e Nordeste foram as que apresentaram os maiores percentuais, 55,0% e 54,8%, respectivamente. Entre os auxílios estão o Auxílio Emergencial e a complementação do Governo pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. O valor médio recebido pelos domicílios, para Brasil, foi de R$ 847.

A região Norte apresentou o maior percentual de pessoas com algum sintoma gripal (18,3% ou 3,3 milhões de pessoas), assim como o maior percentual de pessoas com algum dos sintomas conjugados (7,8% ou 1,4 milhão de pessoas). Por outro lado, o Centro-Oeste teve os menores percentuais: 7,3% ou 1,2 milhão de pessoas com algum sintoma e 0,4% ou 73 mil pessoas com algum sintoma conjugado.


Clique para comentar

Faça um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

20 + dezessete =