Brasil
Joesley Batista, da JBS, foi à Venezuela convencer Maduro a renunciar, diz agência
Bilionário brasileiro viajou a Caracas na semana passada para persuadir líder venezuelano a atender ao ultimato de Trump e deixar o poder. Empresa e Casa Branca não comentam.
Joesley Batista, coproprietário de um vasto império empresarial liderado pela gigante brasileira de processamento de carne JBS, está discretamente se posicionando como um conector tentando desarmar tensões políticas entre o governo de Donald Trump, nos EUA, e o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela.
Batista viajou para Caracas na semana passada em uma tentativa de persuadir o presidente Nicolás Maduro a atender ao apelo de Trump para renunciar e permitir uma transição pacífica de poder, segundo pessoas com conhecimento da viagem, segundo informou a agência Bloomberg.
Ele se encontrou com Maduro em 23 de novembro, dias após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter conversado por telefone com o líder do país para instá-lo a deixar a Venezuela, de acordo com essas pessoas, que pediram anonimato por não terem autorização para falar publicamente.
Autoridades do governo Trump estavam cientes dos planos de Batista de visitar Caracas e reforçar a mensagem do presidente, mas ele foi por iniciativa própria e não foi solicitado a ir em nome dos EUA, segundo algumas das pessoas familiarizadas com a viagem.
Empresa e Casa Branca não comentam
“Joesley Batista não é representante de nenhum governo”, limitou-se a responder a J&F SA, holding da família Batista, em comunicado. A empresa não fez mais comentários. A Casa Branca não comentou. Nem o Ministério da Informação da Venezuela nem o gabinete da vice-presidente Delcy Rodríguez responderam a pedidos de comentário sobre a visita de Batista.
Ofensiva americana contra Maduro
A viagem, que não havia sido divulgada anteriormente, marca a mais recente tentativa de reduzir tensões depois que Trump ameaçou ataques terrestres na Venezuela após meses de ataques letais contra barcos supostamente envolvidos no tráfico de drogas.
Maduro governa a Venezuela com repressão crescente desde 2013, resistindo às sanções sobre o petróleo impostas por Trump em janeiro de 2019, em seu primeiro mandato.
Os EUA afirmam que o regime de Maduro é ilegítimo, um grupo criminoso que roubou uma eleição no ano passado e facilita a exportação de cocaína da Colômbia, resultando em mortes de americanos.
A iniciativa de Batista de mediar com Maduro ocorreu após o maior deslocamento militar dos EUA nas águas ao redor da América Latina em décadas, e mais de 20 ataques americanos a barcos supostamente envolvidos no tráfico de drogas perto das costas da Venezuela e da Colômbia, que deixaram mais de 80 mortos. Trump reiterou na quarta-feira que os ataques em terra começarão muito em breve.
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