Conecte-se conosco

Notícias

Pais denunciam morte de filho que teve 6 paradas cardíacas em hospital de Manaus

Familiares de Benício Xavier de Freitas, de 6 anos, informaram que registrou Boletim de Ocorrência no 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP)

pais-denunciam-morte-de-filho-

Os pais de Benício Xavier de Freitas, de 6 anos, informaram que registrou Boletim de Ocorrência e prestou depoimento no 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP), nesta terça-feira (25/11) para denunciar que o filho morreu após receber, segundo eles, uma dosagem incorreta de adrenalina aplicada por via intravenosa no Hospital Santa Júlia, em Manaus.

“O delegado nos ouviu a tarde toda. Queremos justiça pelo Benício e que nenhuma outra família passe pelo que estamos vivendo. O que a gente quer é que isso nunca mais aconteça. Não desejamos essa dor para ninguém”, disse o pai de Benício, Bruno Freitas.

Em nota, o Hospital Santa Júlia informou que fará uma análise técnica detalhada de todas as etapas do atendimento, conduzida pela Comissão de Óbito e Segurança do Paciente. “Ressaltamos que estamos à disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários”, afirmou.

De acordo com a denúncia o menino, filho único, foi levado ao hospital com suspeita de laringite e sofreu seis paradas cardíacas após a aplicação de adrenalina.

Bruno Freitas disse que o filho foi levado ao hospital com tosse seca e suspeita de laringite e foi atendido por uma médica que prescreveu lavagem nasal, soro, xarope e três doses de adrenalina intravenosa, 3 ml a cada 30 minutos.
“Meu filho nunca tinha tomado adrenalina pela veia, só por nebulização. Nós perguntamos, e a técnica disse que também nunca tinha aplicado por via intravenosa. Falou que estava na prescrição e que ela ia fazer”, relatou o pai.
Segundo Bruno, logo após a primeira dose o menino apresentou piora súbita. “Ele empalideceu na hora. Ficou branco, os pés amarelaram, o nariz ficou vermelho, os olhos também. Ele se contorceu e disse: ‘Mãe, meu coração está queimando’”, lembrou.

Ele disse que a equipe levou a criança para a sala vermelha, onde o quadro se agravou e a oxigenação caiu para cerca de 75%, e uma segunda médica foi acionada para iniciar o monitoramento cardíaco.

“Já colocaram ele no oxímetro, no monitor. A equipe começou a correr, mas não deixavam ele dormir, porque diziam que o estado estava muito instável”, disse. Pouco depois, Benício foi transferido para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde, segundo o pai, o quadro piorou. A equipe informou que seria necessária a intubação, realizada por volta das 23h. Durante o procedimento, o menino sofreu as primeiras paradas cardíacas.

“Ele começou a cuspir sangue pela boca e pelo nariz. A enfermeira que fazia a massagem chegou a parar, e eu perguntei se precisava de ajuda. Ela respondeu: ‘Pode deixar que eu continuo’”, disse o pai,
Após a sexta parada cardíaca, segundo a família, Benício apresentou nova piora e não respondeu às manobras de reanimação e morreu às 2h55 do domingo.


Clique para comentar

Faça um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

sete − 1 =