Amazonas
Operação policial destrói 95 balsas do garimpo ilegal no trecho do Rio Madeira entre Manicoré e Humaitá, no Amazonas
A ação integra os trabalhos desenvolvidos pela Polícia Federal (Amazonas e Rondônia) desde 2023 no combate à mineração ilegal na região.

A Polícia Federal (PF) destruiu 95 dragas usadas em garimpo ilegal, no trecho do Rio Madeira, entre as cidades de Manicoré e Humaitá, no Sul do Amazonas, nesta segunda-feira (15/09). A ação, com mais de Mais de 100 agentes, buscou coibir danos ambientais causados pelo uso de mercúrio e proteger minérios da União.
Equipes integradas por policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes da Força Nacional de Segurança Pública cumpriram ordem judicial expedida pela Justiça Federal do Amazonas para a destruição de dragas e equipamentos utilizadas no garimpo ilegal no Rio Madeira.
A ação integra os trabalhos desenvolvidos pela Polícia Federal (Amazonas e Rondônia) desde 2023 no combate à mineração ilegal na região. Neste ano, a novidade foi a atuação coordenada entre diferentes forças de segurança pública, coordenadas pelo Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia) e o Poder Judiciário.
Servidores do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) acompanham a operação, adotando providências quanto às condições precárias de trabalho a que são submetidos os trabalhadores encontrados nas balsas.
No último dia 15 de agosto, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou que autoridades federais e estaduais do Amazonas e de Rondônia promovessem, com urgência, em até 10 dias, a descaracterização, a destruição ou a inutilização de todas as balsas, dragas e quaisquer outros instrumentos utilizados na extração ilegal de minérios em toda a área correspondente aos locais diligenciados pelo Greenpeace Brasil no rio Madeira, especialmente entre os municípios de Calama (RO) e Novo Aripuanã (AM), com a devida lavratura dos autos de infração.
A Recomendação foi é direcionada ao presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis no Amazonas (Ibama), ao presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade em Manaus (ICMBio), ao diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), ao secretário de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia (Sedam), à diretoria-geral da Polícia Federal (PF), aos comandantes das polícias militares do Amazonas (PMAM) e de Rondônia (PMRO) e ao capitão de Portos da Capitania Fluvial da Marinha do Brasil na Amazônia Ocidental .
O Greenpeace Brasil informou, no dia 28 de julho, que, em um sobrevoo realizado na área do Rio Madeira, constatou uma concentração de 542 balsas de garimpo ilegal operando intensamente no leito do rio Madeira, em 22 pontos entre Calama, em Rondonia, e Novo Apuranã no Amazonas.
As imagens aéreas flagraram alguns “paredões” de balsas, que dragam o fundo do rio em busca de ouro, a maioria delas próximas a áreas protegidas, como a Reserva Extrativista Lago do Cuniã, Terra Indígena Lago Jauari e Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Madeira. Todas as balsas identificadas são consideradas ilegais, uma vez que as licenças anteriormente emitidas foram suspensas por decisão judicial.
Greenpeace informa que flagrou mais de 500 balsas de garimpo durante sobrevoo no Rio Madeira (AM)
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