Brasil
Estudo mostra redução de mais de 85% de coliformes fecais em praias do Rio de Janeiro
Inea analisou os dados de balneabilidade de abril e maio deste ano das praias do Flamengo e Botafogo e comparou com o mesmo período dos últimos três anos
Um estudo do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) divulgado hoje (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, mostra que a Praia de Botafogo apresentou redução de 86% de coliformes fecais em suas águas, e a do Flamengo, 96%. A pesquisa apontou ainda uma queda no percentual de níveis bacteriológicos (coliformes termotolerantes) na água dessas praias.
O Inea analisou os dados de balneabilidade de abril e maio deste ano das praias do Flamengo e Botafogo e comparou com o mesmo período dos últimos três anos (2017, 2018 e 2019). As duas praias ficam na Baía de Guanabara, zona sul do Rio de Janeiro.
De acordo com o gerente da Qualidade da Água do Inea, Rodrigo Bianchini, “é um dado bastante curioso. Porém, ainda é prematuro afirmar que essa redução se deve ao momento de isolamento social que estamos vivenciando”.
A última análise da qualidade da água foi realizada em 22 de maio. Nessa data, as praias consideradas recomendadas para o banho de mar foram Prainha, Pontal de Sernambetiba (em frente ao Canal de Sernambetiba) e Recreio dos Bandeirantes, localizadas na zona oeste do Rio, além de São Conrado (canto esquerdo da praia, próximo ao costão rochoso), Leblon, Ipanema e Leme, todas na zona sul da cidade.
As praias impróprias para o banho foram Barra da Tijuca (em frente ao 2º Grupamento do Corpo de Bombeiros), Copacabana (em frente à Rua Francisco Otaviano), Botafogo (em frente à Rua Marquês de Olinda) e Flamengo (na foz do Rio Carioca), onde o esgoto desemboca na Baía de Guanabara.
Em abril, um vídeo postado nas redes sociais mostrou a Enseada de Botafogo com águas cristalinas, sendo possível visualizar a areia no fundo do mar, cardume de peixes e até uma tartaruga marinha. Várias pessoas curtiram o vídeo e atribuíam o fenômeno ao isolamento social imposto pela quarentena. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou, em nota, na época, que o fenômeno não estava associado aos efeitos da quarentena.
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