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Brasil

Embraer corrige balanço e troca prejuízo de R$ 53 milhões por lucro de R$ 675 milhões

Fabricante de aviões informou ao mercado erro contábil através de fato relevante.

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A fabricante de aviões Embraer informou através de fato relevante que, em razão de um erro contábil na divulgação de seu balanço, em vez de um prejuízo ajustado de R$ 53,4 milhões, reportado no segundo trimestre, a companhia teve na verdade um lucro de R$ 675 milhões. As ações da empresa sobem 1,2% na B3.

O ajuste, segundo o texto divulgado pela companhia, se deveu a uma correção do valor reportado na linha Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos, o que impactou no valor reportado na linha Lucro (prejuízo) Líquido Ajustado.

Essa linha do balanço mostra os impostos que já foram lançados na contabilidade, mas ainda não foram pagos. A distorção acontece porque a Embraer tem como moeda funcional o dólar, já que a maior parte de suas receitas são em moeda estrangeira. Mas seus resultados são reportados em reais. Isso exige conversões cambiais que podem gerar variações contábeis.

O Formulário de Informações Trimestrais (ITR), a apresentação realizada na Conferência de Resultados Embraer 2T25 e o Release de Resultados ajustados, segundo informou a companhia no fato relevante.

“A companhia reforça seu compromisso com a transparência e a qualidade das informações prestadas ao mercado”, diz o texto.

A receita líquida da Embraer no trimestre foi de R$ 10,3 bilhões, um recorde histórico para o período. A empresa manteve as projeções para o ano, com receita estimada entre US$ 7 e 7,5 bilhões. Foram entregues 61 aeronaves entre abril e junho, alta de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior. E a carteira de pedidos bateu em US$ 29,7 bilhões, a maior de sua história.

Embraer ficou livre do adicional de 40% em tarifas anunciado por Donald Trump na semana passada, o que elevará a taxa cobrada de produtos brasileiros para 50% a partir desta quarta-feira. Mas, ainda assim, a fabricante de aviões já começou a sentir os efeitos da alíquota mínima de 10% imposta pelos EUA ao Brasil, em abril.

A empresa, porém, está empenhada na busca pela tarifa zero e já acena com investimentos de US$ 500 milhões em cinco anos nos EUA. Os recursos seriam aplicados para montar o KC-390 no país, caso o avião seja escolhido pela Força Aérea americana.


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