Amazonas
Pandemia: em abril, queda recorde na produção industrial brasileira atinge Polo Industrial de Manaus
Produtos eletrodomésticos da ‘ linha marrom’ (celulares, televisores e aparelhos de áudio e vídeo) e motocicletas, com grande concentração de produção em Manaus registraram queda.
A queda recorde na produção industrial brasileira, de 18,8%, na passagem de março para abril, conforme divulgou nesta quarta-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atingiu em cheio produtos com grande concentração de fábricas no Polo Industrial de Manaus (PIM). O recuo foi generalizado, alcançando todas as grandes categorias econômicas e a maior parte (22) dos 26 ramos pesquisados, incluindo equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-26,0%).
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos teve recuo de 43,8%, o de eletrodomésticos da ‘linha branca geladeira, fogão, microondas e freezer), de 75,2%, o da’ linha marrom’ (celulares, televisores e aparelhos de áudio e vídeo), de 49,4%, o de motocicletas, 98,8% e o dos grupamentos de móveis (-63,8%) e outros eletrodomésticos (-58,9%) também foram atingidos.
No índice acumulado para janeiro-abril de 2020, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou redução de 8,2%, com resultados negativos em 4 das 4 grandes categorias econômicas, 22 dos 26 ramos, 61 dos 79 grupos e 71,2% dos 805 produtos pesquisados. O setor de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos teve queda de 12,9%.
Em abril de 2020, a produção industrial caiu 18,8% frente a março de 2020 (série com ajuste sazonal), queda mais acentuada desde o início da série histórica, em 2002, refletindo os efeitos do isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19. Esse é o segundo mês seguido de queda na produção, acumulando nesse período perda de 26,1%. Em relação a abril de 2019 (série sem ajuste sazonal), a indústria recuou 27,2%, sexta queda consecutiva e o recorde negativo da série histórica nessa comparação. A indústria acumulou redução de 8,2% no ano. No acumulado em 12 meses, a indústria recuou 2,9%.
A queda de 18,8% na passagem de março para abril de 2020 foi a mais acentuada desde o início da série histórica, que começou em janeiro de 2002. Esse resultado se refletiu na expansão do número de segmentos com taxas negativas, que atingiram todas as quatro grandes categorias econômicas e 22 dos 26 ramos pesquisados, evidenciando o aprofundamento das paralisações em diversas plantas industriais, devido ao isolamento social por conta da pandemia da COVID-19. O índice de média móvel trimestral caiu 8,8% em abril de 2020 frente ao nível do mês anterior, intensificando o recuo de 2,4% verificado em março.
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