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Brasil

PF cumpre mandados de busca e apreensão pelo inquérito das fakes news

Entre os alvos da operação estão o ex-deputado federal e presidente do PTB, Roberto Jefferson, e o empresário Luciano Hang, dono das Lojas Havan

A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira (27) mandados de busca e apreensão no âmbito do inquérito que apura ataques e notícias falsas contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os alvos da operação estão o ex-deputado federal e presidente do PTB, Roberto Jefferson, e o empresário Luciano Hang, dono das Lojas Havan.

As diligências foram autorizadas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Em nota, a Corte informou que as provas colhidas e os laudos técnicos apresentados no chamado inquérito das fake news apontaram para a existência de uma associação criminosa dedicada à disseminação de notícias falsas, ataques ofensivos a diversas pessoas, às autoridades e às instituições, dentre elas o Supremo Tribunal Federal, com flagrante conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática.

As investigações também apontaram que toda essa estrutura, aparentemente, estaria sendo financiada por empresários que, atuando de maneira velada, fornecem recursos das mais variadas formas para os integrantes dessa organização, inclusive impulsionando vídeos e materiais contendo ofensas e notícias falsas com o objetivo de desestabilizar as instituições democráticas e a independência dos poderes.

Da mesma maneira, relatórios técnicos constataram a existência de um mecanismo coordenado de criação, divulgação e disseminação de notícias ofensivas e fraudulentas por intermédio de publicações em redes sociais, atingindo um público diário de milhões de pessoas, de maneira a expor a perigo de lesão a independência dos poderes e o Estado de Direito.

Além das 16 pessoas alvos de mandados de busca e a apreensão, Moraes determinou ainda que seis deputados federais do PSL da ala bolsonarista —Bia Kicis (DF), Carla Zambelli (SP), Daniel Silveira (RJ), Filipe Barros (PR), Junio Amaral (MG) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP)— e dois deputados estaduais paulistas, Douglas Garcia e Gil Diniz, também bolsonaristas sejam ouvidos pela PF em até 10 dias.


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