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Operação Catrimani II provoca prejuízo de R$ 345 milhões ao garimpo ilegal em Terra Indígena Yanomami, informa Comando Militar da Amazônia

Desde abril do ano passado, militares da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB) atuam em ações repressivas e em ações logístico-humanitárias na TIY.

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A Operação Catrimani II, na erra Indígena Yanomami (TIY), na Amazônia brasileira, completou um ano e provocou um prejuízo estimado ao garimpo ilegal de mais de 345 milhões de reais, fruto de mais de 4.510 operações, 22.642 abordagens e 2.851 autuações e notificações.

As informações foram divulgadas pelo Comando Militar da Amazônia (CMA). De acordo com informações no site do órgão, foram destruídos 508 acampamentos ilegais e 2.799 máquinas, geradores e motores, 33 aeronaves foram apreendidas, 53 pistas de pouso ilegais inutilizadas. Também foram apreendidos e inutilizados mais de 186 mil litros de combustível e 123 balsas e dragas foram retiradas de circulação. Além disso, 192 veículos e 219 embarcações foram apreendidos ou inutilizados.

Desde abril do ano passado, militares da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB) atuam em ações repressivas e em ações logístico-humanitárias na TIY, sob a coordenação da Casa de Governo. A Casa de Governo, vinculada à Casa Civil da Presidência da República, coordena e monitora a execução do Plano de Desintrusão e de Enfrentamento da Crise Humanitária na TIY, além de promover a interlocução entre as Forças Armadas (FA) e os Órgãos de Segurança Pública (OSP) e agências governamentais.

A operação apreendeu 34 kg de ouro, 158 toneladas de cassiterita, 128 armas e 160 antenas de internet, que apoiavam as comunicações dos garimpeiros e prendeu 176 pessoas.

De acordo com o CMA, o monitoramento por satélite apontou a redução em 94,11% da atividade de garimpo ilegal, entre março de 2024 a fevereiro de 2025, conforme dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), integrante dos esforços interagências. Não houve alerta de garimpo em setembro, outubro e novembro de 2024, indicando a drástica redução da presença não-indígena no interior da TIY. E, segundo o (Ibama), os alertas de desmatamento foram reduzidos a zero, pela 1ª vez, desde 2023.

Tamném houve sensível melhora na qualidade da água dos rios da TIY, incluindo queda significativa nos níveis de turbidez, que começaram a retomar a coloração natural. Após a retirada de circulação de cerca de 227 kg de mercúrio, os yanomamis retomaram a prática da pesca e o consumo da água e do peixe local, informou o CMA.

As ações repressivas concentram-se no combate ao garimpo ilegal e na desintrusão da presença humana ilegal no interior da TIY. As ações de patrulhamento foram realizadas em coordenação com diversos órgãos e agências governamentais, reunidos na Casa de Governo, e os resultados apresentados foram obtidos nesse esforço conjunto.

Uma iniciativa específica das FA foram as operações continuadas e noturnas, denominadas Flecha Noturna, que tiveram como característica o emprego de Equipamentos de Visão Noturna (EVN) e drones com câmeras no espectro infravermelho. Essa estratégia evitou que o agente do ilícito se escondesse de dia e atuasse à noite.

As patrulhas fluviais realizadas regularmente pelos militares e agentes destacados nas bases temporárias foram parte crucial da estratégia adotada. Mais de 30 mil km de rios foram patrulhados em um ano de atuação na TIY. Além disso, atendendo à solicitação da Fundação Nacional do Índico (Funai), foram instaladas barreiras fluviais nos principais rios que acessam a TIY.

O navio de Aviso Hidroceanográfico Fluvial Rio Negro participou com realização de sondagem operativa no rio Catrimani, tornando-se o primeiro navio da Marinha do Brasil a navegar dentro da TIY. A sondagem realizada pelo navio trouxe informações sobre as condições de navegação na região, o que vai contribuir para o planejamento de operações futuras.

Foram mais de 1.800 horas de voo, apenas pelas aeronaves das Forças Armadas, que apoiaram as ações da tropa. Essas horas de voo representam cerca de 13 voltas ao redor da Terra. Na tarefa de inteligência, vigilância e reconhecimento, também foram empregados satélites, equipes de reconhecimento e vigilância do Exército, radares, drones e as aeronaves R-99 e A-29 da FAB.


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