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Países apoiam plano de US$ 200 bilhões por ano para reverter perdas na natureza

Os países reunidos na 16ª Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16), realizada em Roma, decidiram adiar a discussão sobre a criação desse fundo até 2028

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Mais de 140 países adotaram uma estratégia para mobilizar centenas de bilhões de dólares anualmente com o objetivo de reverter as perdas dramáticas na biodiversidade. No entanto, a criação de um novo fundo global para a natureza — uma demanda central das economias em desenvolvimento — ainda não foi definida.

Os países reunidos na 16ª Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16), realizada em Roma, decidiram adiar a discussão sobre a criação desse fundo até 2028. A medida busca acelerar o fluxo de financiamento para projetos ambientais, mas reflete o impasse já observado na cúpula anterior, realizada na Colômbia no ano passado.

A decisão foi considerada uma “solução equilibrada e de compromisso”, afirmou Maria Angélica Ikeda, líder da delegação brasileira. Segundo ela, o Brasil — que sediará a próxima grande cúpula climática da ONU em novembro — celebrou o avanço nas negociações.

Pelo acordo, os países desenvolvidos são incentivados a “intensificar seus esforços” para mobilizar US$ 20 bilhões anuais para as nações mais pobres até o final deste ano. O pacto também prevê um estudo sobre a relação entre sustentabilidade da dívida e proteção da natureza — uma proposta considerada inovadora e progressista — além de reforçar a necessidade de uma maior integração entre os ministérios do meio ambiente e das finanças.

O consenso alcançado demonstra que “os países podem se unir e concordar com um resultado ambicioso para a natureza”, destacou Georgina Chandler, chefe de políticas da Sociedade Zoológica de Londres. Ela ressaltou que o acordo reconhece a insuficiência do financiamento governamental e a necessidade de diversificar as fontes de recursos nos próximos cinco anos.

Retrocessos e desafios na diplomacia ambiental

A luta global para conter as emissões de gases de efeito estufa e a perda de biodiversidade tem enfrentado desafios constantes. Nações emergentes acusam os países desenvolvidos, em sucessivas cúpulas da ONU, de não fazerem o suficiente para ampliar o financiamento climático e ambiental.

Esse impasse foi agravado por decisões políticas recentes, como a retirada dos EUA do Acordo de Paris e o corte de verbas para o combate às mudanças climáticas durante o governo Donald Trump.

No mês passado, Trump determinou o congelamento de fontes essenciais de financiamento para a biodiversidade, incluindo repasses à Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional.

Além disso, nesta semana, o Reino Unido redirecionou recursos da ajuda externa para despesas de defesa, aumentando a pressão sobre os negociadores em Roma.

As informações são da Veja


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