Familiares de pacientes denunciam cancelamento de cirurgias no Hospital Francisca Mendes por falta de água

Familiares de pacientes do Hospital Francisca Mendes, unidade de referência em cirurgias cardíacas no Amazonas, denunciaram, na noite desta quarta-feira (12/03) que procedimentos foram cancelados por falta d’água, problema que começou às 10h da manhã e até a noite não ha via sido resolvido.

Adaiany de Sousa Monteiro, cujo pai, de 74 anos aguarda por cirurgia, disse que foi informada de que a falta d’água seria resultado de um problema na bomba e não havia previsão para ser resolvido. Ela gravou e postou vídeos mostrando que a água para beber começou a ser racionada de tarde e de noite acabou, até para os pacientes. Os familiares , segundo ela, tiveram que comprar água no comércio próximo do hospital.

O Francisca Mendes é unidade do governo do Amazonas de referência em cardiologia e neurologia no Amazonas. E, de acordo com informações em seu site, oferece serviços de Consultas Especializadas, Exames Laboratoriais, Cirurgia Cardíaca Adulta e Pediátrica, Cirurgia Vascular, Cardiologia Intervencionista, Neurocirurgias, Neurologia Vascular, Laboratório de Hemodinâmica, Eletrofisiologia, Arritmologia, Serviço de Apoio Diagnóstico Terapêutico, Serviço de Radiologia, dentre outros.

Em fevereiro do ano passado, o deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) disse que a fiscalização da Comissão de Saúde e Previdência da Assembleia Legislativa do Amaoznas (CSP-Aleam) feita na Fundação Hospital do Coração Francisca Mendes (FHCFM), constatou uma fila de 432 pacientes aguardando procedimentos de cateterismo, 32 esperando pelo procedimento de marca-passo, falta de medicamentos e insumos, e profissionais terceirizados em atraso de salários.

Em setembro de 2024, a Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM) informou que um acordo com o Estado do Amazonas, homologado pela Justiça, assegurou o desbloqueio de verbas para a realização dos procedimentos no Hospital Universitário Francisca Mendes (HUFM).

Segundo a DPE-AM, o acordo firmado com Procuradoria Geral do Estado (PGE-AM) vai garantir a realização de até 1.400 procedimentos, entre cateterismos e angioplastias, para zerar a fila represada no HUFM, que é a unidade referência em cardiologia no Estado.

A decisão que homologou o acordo foi publicadapelo juiz Ronnie Frank Torres Stone, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Manaus. O magistrado autorizou o desbloqueio de R$ 1.080.000,00 de verbas bloqueadas do Fundo Estadual de Saúde (FES) para pagar o contrato para a realização dos cateterismos e angioplastias.

Veja os vídeos com as denúncias