Economia
Brasil abre 137 mil postos de trabalho em janeiro; 20,7% menor do que o mesmo mês do ano passado, mostra Caged
Foram registrados saldos positivos nos setores de serviços (+45.165 ), indústria (+70.428), construção (+38.373), e agropecuária (+35.754).
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O Ministério do Trabalho e Emprego anunciou nesta quarta-feira que 137.303 vagas formais de emprego com carteira assinada foram criadas em janeiro, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O resultado veio acima das estimativas feitas por especialistas.
Em janeiro, houve 2.271.611 admissões e 2.134.308 desligamentos. Foram registrados saldos positivos nos setores de serviços (+45.165 ), indústria (+70.428), construção (+38.373), e agropecuária (+35.754). Apenas o setor de comércios registrou mais demissões do que contratações (-52.417).
O resultado de janeiro representa uma redução de 20,7% em relação ao mesmo mês no ano passado, quando foram geradas 173.233 vagas formais de trabalho.
Em coletiva nesta quarta, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho atribuiu a diminuição ao alta de juros pelo Banco Central (BC), que aumentou em janeiro a taxa Selic, juros básicos da economia, em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano.
— É um número menor do que o do ano passado, acredito eu que pelo impacto do aumento de juros inibe o investimento e estrangula o orçamento (…) É uma imbecilidade, nós precisamos estimular o crescimento da economia, produzir mais para controlar a inflação, não é inibir, se a gente inibe créditos e aumenta juros você inibe investimento — afirmou Marinho.
No acumulado dos últimos doze meses, entre entre fevereiro de 2024 e janeiro deste ano, foram abertas 1.650.785 vagas. O resultado é 6,8% maior que o observador no período de fevereiro de 2023 a janeiro de 2024.
O último dado a ser divulgado foi de dezembro do ano passado, que registrou uma retração no postos de trabalho. O saldo para o mês foi de 535,5 mil vagas fechadas, no pior resultado para dezembro desde 2020, durante a pandemia de Covid-19. Historicamente, o desempenho do mês é negativo pelo padrão sazonal de vagas temporárias, mas veio pior do que o projetado.
Salários
O salário médio real na contratação, em janeiro, foi de R$ R$ 2.251,33, valor R$ 89,01 maior do que o demonstrado em dezembro de 2024, representando uma redução de aproximadamente 4,12%.
Regiões
Entre os 27 estados do país, 17 registraram saldos positivos na geração de empregos em janeiro. Entre eles, São Paulo (+36.125), Rio Grande do Sul (+26.732) e Santa Catarina (+23.062) tiveram os melhores desempenhos.
Enquanto isso, Rio de Janeiro (-12.960), Pernambuco (-5.230) e Pará (-2.203) foram os destaques negativos do mês de janeiro.
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