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Bashar al-Assad está em Moscou e recebeu asilo do governo de Putin, diz mídia estatal russa

País o recebeu ‘por razões humanitárias’ depois da captura de Damasco, capital da Síria, por rebeldes sírios.

Bashar al-Assad – Foto: Louai Beshara/AFP/Reprodução

O ditador Bashar al-Assad, forçado a renunciar à Presidência da Síria diante do avanço de grupos rebeldes em direção a Damasco, chegou a Moscou neste domingo,08/12, onde recebeu asilo do governo russo. O paradeiro de Assad foi confirmado por uma fonte do Kremlin ouvida pela agência estatal de notícias Tass.

— Assad e sua família chegaram a Moscou. A Rússia, por razões humanitárias, concedeu-lhes asilo — disse a fonte do Kremlin ouvida pela Tass, sem ter sua identidade revelada.

A confirmação vinda de Moscou confirma uma informação veiculada anteriormente sobre a fuga de Assad da capital síria. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), órgão que monitora a guerra desde sua sede no Reino Unido, já havia apontado que Assad tinha fugido após a entrada dos rebeldes em Damasco.

A ofensiva lançada por grupos rebeldes sírios liderados pelo Hayet Tahrir al-Sham (HTS) durou menos de duas semanas, desde a reativação dos conflitos no noroeste do país, até a tomada da capital. Em meio à ofensiva, os combatentes tomaram o controle das principais cidades do país uma a uma: primeiro Aleppo, depois Hama, Homs, até a queda de Damasco.

Há 50 anos no poder, o domínio da família Assad parecia incontestável até os acontecimentos da Primavera Árabe, com levantes populares ocorrendo em diversas regiões do Oriente Médio e do Norte da África. Ainda assim, com apoio de aliados como Rússia, Irã e Hezbollah, Bashar al-Assad ainda conseguiu sobreviver por anos, completando 24 anos no poder, até sua renúncia forçada.

Assad chegou ao poder na Síria em 2000, mas não era a opção prioritária do seu pai, Hafez al-Assad. Em 1994, ele era já era formado em Oftalmologia no Reino Unido, pela Western Eye Hospital, e vivia em Londres, quando seu irmão mais velho morreu em um acidente de trânsito.

Convocado de volta ao país pelo pai, Assad ingressou no Exército e concluiu a formação militar, antes de entrar nos assuntos políticos.


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