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Economia

Ceia de Natal: itens ficam até 34% mais caros em um ano, mostra pesquisa. Veja variações

Empregabilidade mantém consumo e substituições em listas de compras ajudam a economizar no fim do ano.

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A ceia de Natal está mais cara neste ano. Segundo um levantamento feito pela Horus — empresa de inteligência de mercado da Neogrid —, de 13 categorias de alimentos analisadas, 12 tiveram aumentos nos preços médios entre dezembro de 2023 e outubro de 2024. A variação chega a 34%. As maiores elevações foram registradas nos custos do azeite e do arroz.

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As variações climáticas do El Niño explicam, em grande medida, as altas, diz Anna Fercher, coordenadora de Atendimento ao Cliente e Dados Estratégicos da Neogrid. Na Europa, um dos maiores produtores de azeite do mundo, a safra de azeitonas foi prejudicada pelo fenômeno, assim como a produção de arroz, no Sudeste da Ásia.

Mas o impacto vai além das plantações.

— Quando o El Niño impacta a soja, que é o alimento principal de animais como os suínos, isso afeta os preços deles também — diz Anna.

O encarecimento dos alimentos, no entanto, não reduziu o consumo nos lares brasileiros ao longo do ano, diz a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Na avaliação da entidade, a empregabilidade contribuiu para sustentar o crescimento, de 2,67% até outubro.

— O consumidor pesquisou mais preços, fez substituições de proteínas e trocou marcas de produtos básicos que tiveram altas de preço. Mas manteve o volume dos itens na cesta — disse Márcio Milan, vice-presidente da Abras, em coletiva na última quinta-feira.

As adaptações devem continuar ditando o ritmo das compras em dezembro, indica a educadora financeira Aline Soaper. Para comprar bem, é essencial avaliar quanto é possível gastar, pesquisar preços e comparar itens:

— No caso de nozes, amêndoas e avelãs, o ideal é trocá-las por frutas da estação, porque mesmo que estas estejam mais caras agora, é possível economizar. No caso do peru, a tradição pode ter um substituto à altura, como o frango. Quando bem temperado, não deixa nada a desejar.

Com a entrada de recursos na economia neste fim de ano, como o pagamento do 13º salário, as projeções da Abras para as festividades de 2024 são de aumento no consumo de bacalhau (10,8%), frutas (11,8%), bebidas (13%), panetones, chocolates e biscoitos (11,4%).


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