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Economia

Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 321,4 bi na economia do país este ano, estima Dieese

Montante representa cerca de 3% do PIB do país. Dados constituem projeção do volume total do benefício que entrará na economia ao longo do ano e não necessariamente nos dois últimos meses de 2024

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Cerca de 92,2 milhões de brasileiros serão beneficiados com pagamento do 13º salário(Foto: Reprodução/ Adriano Machado)

O pagamento do 13º salário pode injetar cerca de R$ 321,4 bilhões na economia até dezembro, o que representa aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. A estimativa é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O montante será pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive aos empregados domésticos; aos beneficiários da Previdência Social e aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios.

Cerca de 92,2 milhões de brasileiros serão beneficiados com rendimento adicional, em média, de R$ 3.096,78, aponta o Dieese. Do total de brasileiros beneficiados com o pagamento do 13º salário, 56,9 milhões, ou 61,7% do total, são trabalhadores no mercado formal, entre eles, os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada, que somam 1,4 milhão de pessoas, correspondente a 1,6% do conjunto de beneficiários.

Aposentados ou pensionistas da Previdência Social (INSS) equivalem a 34,2 milhões de beneficiários, ou 37,1% do total. Além desses, aproximadamente 1,1 milhão de pessoas (ou 1,2% do total) são aposentadas e beneficiárias de pensão da União (Regime Próprio). Há ainda um grupo constituído por aposentados e pensionistas dos estados e municípios (regimes próprios) que vai receber o 13º e que não pode ser quantificado.

Para o cálculo do impacto do pagamento do 13º salário, o Dieese não leva em conta autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, uma vez que não há dados disponíveis sobre esses proventos.

Além disso, não há distinção dos casos de categorias que recebem parte do 13º antecipadamente, conforme definido, por exemplo, em acordo coletivo de trabalho (ACT) ou convenção coletiva de trabalho (CCT). Da mesma forma, considera-se o montante total do valor recebido pelos beneficiários do INSS, independentemente do montante que já tenha sido pago.

Assim, os dados constituem projeção do volume total de 13º salário que entrará na economia ao longo do ano e não necessariamente nos dois últimos meses de 2024. Entretanto, o princípio é que a maior parte do valor referente ao 13º, notadamente para os trabalhadores ativos, seja paga no fim do ano.

Do montante a ser pago como 13º, aproximadamente R$ 214 bilhões (66% do total) irão para os empregados formais, incluindo os trabalhadores domésticos. Outros 33,3% dos R$ 321 bilhões, ou seja, cerca de R$ 107 bilhões, serão pagos aos aposentados e pensionistas.

Considerando apenas os beneficiários do INSS, são 34,2 milhões de pessoas, que receberão R$ 60,1 bilhões. Aos aposentados e pensionistas da União serão destinados R$ 11,03 bilhões (3,4%); aos aposentados e pensionistas dos estados, R$ 19,1 bilhões (5,9%); e aos aposentados e pensionistas dos regimes próprios dos municípios, R$ 16,8 bilhões (5,2%).

Distribuição por região

A parcela mais expressiva do 13º salário (50,1%) deve ser paga nos estados do Sudeste, região com maior participação relativa no PIB do país e que concentra a maioria dos empregos formais e aposentados e pensionistas.

No Sul, devem ser pagos 16,7% do montante e no Nordeste, 15,9%. Já às regiões Centro-Oeste e Norte cabem, respectivamente, 9% e 5%. Já os beneficiários do Regime Próprio da União receberão 3,4% do montante e podem estar em qualquer região do país.

O maior valor médio para o 13º deve ser pago no Distrito Federal (R$ 5.665) e o menor, no Maranhão e Piauí, o equivalente a cerca de R$ 2.000,00. Essas médias, entretanto, não incluem o pessoal aposentado pelo Regime Próprio dos estados e dos municípios.

Estimativa por setores do mercado formal

Para os assalariados formais dos setores público e privado, que correspondem a 55,5 milhões de trabalhadores, excluídos os empregados domésticos, a estimativa é de que R$ 212 bilhões serão pagos a título de 13º salário até o fim do ano.

A maior parcela do total a ser distribuído caberá aos trabalhadores do setor de serviços, incluindo administração pública, que ficarão com 64,6% destinado ao mercado formal.

Veja o montante dos outros setores:

Os empregados da indústria receberão 17%;
Os comerciários terão 13%;
Aos que trabalham na construção civil, será destinado o correspondente a 3,3%;
Os trabalhadores da agropecuária receberão 2,1% do total.

Em termos médios, o valor do 13º salário do setor formal corresponde a R$ 3.820. A maior média deve ser paga aos trabalhadores do setor de serviços e equivale a R$ 4.382; a indústria aparece com o segundo valor, equivalente a R$ 3.896; e o menor ficará com os trabalhadores do setor primário da economia, R$ 2.380.


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