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Brasil

Na terça-feira (12/11), Brasil teve 401 focos de incêndio, sendo 86% na Amazônia, aponta Inpe

Dados são de 3ª feira (12.nov.2024); Pará é o Estado com mais focos de incêndio: são 160 ocorrências do tipo.

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O Brasil registrou 401 focos de incêndio na 3ª feira (12.nov.2024). Os dados são do sistema BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), divulgados nesta 4ª feira (13.nov). A Amazônia concentra a maior parcela dos focos de incêndio, com 346 ou 86,3%.

Pará é o Estado com o maior número de queimadas, com 160 focos registrados em 24h. É seguido por Amazonas (101) e Mato Grosso (43).

Dos 6 biomas brasileiros, 5 registraram incidência de fogo. A Caatinga teve o 2º maior número, com 35 focos –8,7% do total.  

O Brasil encerrou o mês de agosto de 2024 com o pior número de queimadas em 14 anos . Foram 68.635 ocorrências –o 5º maior da série histórica, iniciada em 1998. Foi uma alta de 144% em relação ao mesmo período de 2023.

Setembro teve 83.154 focos de incêndio –o pior mês do ano em número de queimadas até o momento. Foi em setembro com maior número de queimadas desde 2010, quando foram contabilizados 109.030 focos de incêndio.

Tradicionalmente, este é o mês em que costuma ser registrado o pico de queimadas no Brasil, que segue até outubro.

O país acumulou, em outubro, 33.356 focos de incêndio – queda de 15,95% em relação ao mesmo mês de 2023, quando o país teve 39.692 ocorrências do tipo.

Em novembro, já são 9.040 focos de incêndio. No acumulado do ano, o país registra 252.601 focos de incêndio. 

O Brasil revelou, além da alta dos focos de incêndio, uma seca histórica , com pior estimativa em 75 anos, segundo o ICMBio (Instituto Chico Mendes da Conservação e Biodiversidade).

Entenda as causas:

A seca e a estimativa que afetam grande parte dos municípios são comuns no inverno brasileiro. A temporada teve início em junho e segue até o final de setembro. No entanto, a intensidade em que ocorre na estação, este ano, é atípica. São 2 os fatores que mais impactam no cenário:

fortes ondas de calor – foram 6 desde o início da temporada, segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). Por outro lado, as ondas de frio foram somente 4;
antecipação da seca – em algumas regiões do Brasil, o período de seca começou antes do inverno. Na amazônica, por exemplo, a estiagem se intensificou quase 1 mês antes do previsto, já no início de junho.
Na região da Amazônia, além dos focos de incêndio, a seca toma formas preocupantes. Os municípios amazônicos enfrentaram cerca de 1 ano de estiagem. É a seca mais longa já registrada. São 3 como principais causas:

Intensidade do El Niño – o regime de chuvas foi impactado pelas temperaturas que aquecem as águas do Oceano Pacífico. Ele teve o pico no início deste ano e influenciou o começo da seca;
aquecimento anormal das águas do Atlântico Tropical Norte – a temperatura na região marítima, que fica acima da América do Sul, chegou a aumentar de 1,2 °C a 1,4 °C em 2023 e 2024;
temperaturas recordes globais – em julho, o mundo bateu o recorde de maior temperatura já registrada na história. O cenário cria condições para ondas de calor mais fortes.


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