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Brasil tem 336 focos de incêndio, sendo 76,8% na Amazônia, mostram dados do Inpe

Dados são dessa 2ª feira (4.nov.2024); Amapá é o Estado com mais focos de incêndio: são 123 ocorrências do tipo.

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O Brasil registrava 336 de incêndio na 2ª feira (4.nov.2024). Os dados são do sistema BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), divulgados nesta 3ª feira (5.nov). A Amazônia concentra a maior parcela dos focos de incêndio, com 258 –ou 76,8%.

Amapá é o Estado com o maior número de queimadas, com 123 focos registrados em 24h. É seguido por Pará (119) e Tocantins (36).

Os 6 biomas brasileiros registraram incidência de fogo. O Cerrado teve o 2º maior número, com 59 focos –17,6% do total.  

O Brasil encerrou o mês de agosto de 2024 com o pior número de queimadas em 14 anos . Foram 68.635 ocorrências –o 5º maior da série histórica, iniciada em 1998. Foi uma alta de 144% em relação ao mesmo período de 2023.

Setembro teve 83.157 focos de incêndio –o pior mês do ano em número de queimadas até o momento. O mês passado foi setembro com maior número de queimadas desde 2010, quando foram contabilizados 109.030 focos de incêndio. 

Em relação ao último ano, que registrou 46.498 pontos de fogo em setembro, o aumento foi de 78,74%. Tradicionalmente, este é o mês em que costuma ser registrado o pico de queimadas no Brasil, que segue até outubro. 

O país acumulou, em outubro, 33.356 focos de incêndio – queda de 15,95% em relação ao mesmo mês de 2023, quando o país teve 39.692 ocorrências do tipo. 

Em novembro, o Brasil acumula 3.301 focos de incêndio. 

O Brasil revelou, além da alta dos focos de incêndio, uma seca histórica , com pior estimativa em 75 anos, segundo o ICMBio (Instituto Chico Mendes da Conservação e Biodiversidade).

Entenda as causas:

A seca e a estimativa que afetam grande parte dos municípios são comuns no inverno brasileiro. A temporada teve início em junho e segue até o final de setembro. No entanto, a intensidade em que ocorre na estação, este ano, é atípica. São 2 os fatores que mais impactam no cenário:

fortes ondas de calor – foram 6 desde o início da temporada, segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). Por outro lado, as ondas de frio foram somente 4;

antecipação da seca – em algumas regiões do Brasil, o período de seca começou antes do inverno. Na amazônica, por exemplo, a estiagem se intensificou quase 1 mês antes do previsto, já no início de junho.

Na região da Amazônia, além dos focos de incêndio, a seca toma formas preocupantes. Os municípios amazônicos enfrentaram cerca de 1 ano de estiagem. É a seca mais longa já registrada. São 3 como principais causas:

Intensidade do El Niño – o regime de chuvas foi impactado pelas temperaturas que aquecem as águas do Oceano Pacífico. Ele teve o pico no início deste ano e influenciou o começo da seca;

aquecimento anormal das águas do Atlântico Tropical Norte – a temperatura na região marítima, que fica acima da América do Sul, chegou a aumentar de 1,2 °C a 1,4 °C em 2023 e 2024;

temperaturas recordes globais – em julho, o mundo bateu o recorde de maior temperatura já registrada na história. O cenário cria condições para ondas de calor mais fortes.


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