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Brasil

Lula anuncia investimentos em desenvolvimento sustentável, mobilidade e cidades verdes

Setores público e privado deverão injetar R$ 1,6 trilhão em projetos de desenvolvimento sustentável até 2029.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o investimento, público e privado, de R$ 1,6 trilhão até 2029 em projetos ligados à chamada “missão 3” da nova política industrial, voltada à mobilidade verde e cidades sustentáveis.

A política Nova Indústria Brasil (NIB) foi lançada em janeiro deste ano, e prevê o impulsionamento do desenvolvimento nacional sustentável até 2033. Do total de R$ 1,6 trilhão, 75% virão da iniciativa privada. Segundo o governo, o objetivo da Missão 3 é “melhorar a qualidade de vida nas cidades, integrando mobilidade sustentável, moradia, infraestrutura e saneamento básico”.

Inicialmente o programa contava com recursos de R$ 300 bilhões, sendo R$ 271 bilhões via agentes financeiros públicos. Em agosto, foram anunciados mais R$ 42,7 bilhões em linhas de crédito de agentes públicos, levando o NIB a somar recursos de R$ 342,7 bilhões.

O principal agente financeiro é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com aporte de R$ 250 bilhões, que serão disponibilizados por meio do Plano Mais Produção (P+P).

O evento também contou com a presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e de ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Jader Filho (Cidades), além de representantes da indústria da construção civil e entidades de outros setores.

Casas sociais com painéis solares e ‘barco voador’

Dos investimentos, R$ 1,05 trilhão será destinado para as áreas de moradia, infraestrutura e saneamento até 2029, anunciaram a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).

O foco é fazer obras em aeroportos, rodovias, portos, ferrovias e mobilidade urbana, no valor de R$ 833 bilhões, além de R$ 222,5 bilhões para habitação e R$ 1,6 bilhão na produção de insumos.

Uma das ações prevê a entrega de dois milhões de moradias contratadas pelo programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), das quais 500 mil serão equipadas com painéis solares. Além disso, entre os 10 contratos assinados pela empresa pública Finep, está previsto o projeto de um “barco voador”, no valor de R$ 10 milhões. Trata-se de um veículo capaz de voar sobre a lâmina dos rios.

“A tecnologia vem sendo desenvolvida pela startup amazonense AeroRiver. Segundo a empresa, o barco voador poderá transportar até 10 passageiros, inclusive em períodos de seca, alcançando 150 km/h”, informa o Planalto.

Os demais projetos envolvem soluções para aviação sustentável (por exemplo, um turbogerador híbrido movido a etanol), centros de pesquisa e tecnológicos, remanufatura de resíduos e desenvolvimento de caminhão elétrico autônomo para uso industrial, entre outros.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) estabeleceu o objetivo de, até 2026, ter ao menos 3% dos veículos eletrificados brasileiros circulando com baterias nacionais. A meta é chegar a 33% até 2033.

 


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