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Brasil

Dados do Inpe apontam que Brasil tem 1.454 focos de incêndio, sendo 60% na Amazônia

O Brasil encerrou o mês de agosto de 2024 com o pior número de queimadas em 14 anos .

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Pará é o Estado com o maior número de queimadas. (Foto:Marizilda Kruppe/Reprodução).

O Brasil registrou 1.454 focos de incêndio na 5ª feira (out.10.2024). Os dados são do sistema BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), divulgados nesta 6ª feira (11.out). A Amazônia concentra a maior parcela das ocorrências, com 871 –ou 59,9%.

Pará é o Estado com o maior número de queimadas, com 659 focos registrados em 24h. É seguido por Maranhão (367) e Bahia (157).

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Dos 6 biomas brasileiros, 4 registraram incidência de fogo. O Cerrado teve o 2º maior número, com 424 focos –29,2% do total.

O Brasil encerrou o mês de agosto de 2024 com o pior número de queimadas em 14 anos . Foram 68.635 ocorrências –o 5º maior da série histórica, iniciada em 1998. Foi uma alta de 144% em relação ao mesmo período de 2023.

Setembro teve 83.157 focos de incêndio –o pior mês do ano em número de queimadas até o momento. O mês passado foi setembro com maior número de queimadas desde 2010, quando foram contabilizados 109.030 focos de incêndio.

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Em relação ao último ano, que registrou 46.498 pontos de fogo em setembro, o aumento foi de 78,74%. Tradicionalmente, este é o mês em que costuma ser registrado o pico de queimadas no Brasil, que segue até outubro.

O país acumula, em outubro, 13.049 focos de incêndio. Em 2024, já são 223.257 ocorrências do tipo.

O país vive, além da alta dos focos de incêndio, uma seca histórica , com pior estimativa em 75 anos, segundo o ICMBio (Instituto Chico Mendes da Conservação e Biodiversidade).

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Entenda as causas:

A seca e a estimativa que afetam grande parte dos municípios são comuns no inverno brasileiro. A temporada teve início em junho e segue até o final de setembro. No entanto, a intensidade em que ocorre na estação, este ano, é atípica. São 2 os fatores que mais impactam no cenário:

fortes ondas de calor – foram 6 desde o início da temporada, segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). Por outro lado, as ondas de frio foram somente 4;
antecipação da seca – em algumas regiões do Brasil, o período de seca começou antes do inverno. Na amazônica, por exemplo, a estiagem se intensificou quase 1 mês antes do previsto, já no início de junho.
Na região da Amazônia, além dos focos de incêndio, a seca toma formas preocupantes. Os municípios amazônicos enfrentaram cerca de 1 ano de estiagem. É a seca mais longa já registrada. São 3 como principais causas:

Intensidade do El Niño – o regime de chuvas foi impactado pelas temperaturas que aquecem as águas do Oceano Pacífico. Ele teve o pico no início deste ano e influenciou o começo da seca;
aquecimento anormal das águas do Atlântico Tropical Norte – a temperatura na região marítima, que fica acima da América do Sul, chegou a aumentar de 1,2 °C a 1,4 °C em 2023 e 2024;
temperaturas recordes globais – em julho, o mundo bateu o recorde de maior temperatura já registrada na história. O cenário cria condições para ondas de calor mais fortes.


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