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Amazonas

AM: secretária admite a deputados atrasos em pagamentos a empresas médicas

A informação foi dada na reunião virtual, da última quarta-feira, da Assembleia Legislativa (ALE), para a qual a secretária foi convocada para explicar o que o governo do Estado está fazendo para enfrentar a pandemia do novo coronavírus.

A secretária de Saúde do Amazonas, Simone Papaiz, e o secretário executivo adjunto de Atenção Especializada da Capital, Ítalo Valle Cortez, admitiram aos deputados estaduais atrasos em pagamentos a cooperativas médicas e prestadores de serviços fins e anunciaram que nesta quinta-feira (23/04) começam a ser pagas algumas pendências. A informação foi dada na reunião virtual da última quarta-feira, da Assembleia Legislativa (ALE), para a qual a secretária foi convocada para explicar o que o governo do Estado está fazendo para enfrentar a pandemia do novo coronavírus.

“Com o aval do governador Wilson Lima, ficou pactuado que, até o dia 23 de abril, pagaremos a competência de fevereiro às empresas médicas. Posteriormente pagaremos 50% de uma competência referente a 2018 e em seguida vamos finalizar processos de novembro e dezembro de 2019. Também quitaremos débitos referentes as equipes de enfermagem e serviços meios. E estamos vendo isso juntos a Sefaz”, informou a secretária aos deputados, de acordo com a secretaria de Estado de Comunicação (Secom).

Na reunião que durou cerca de 6 horas – das 15h40 às 21h20 – os parlamentares questionaram Simone Papaiz sobre as estratégias montadas para contenção da Covid-19 no Estado que registra uma média de 100 mortes por dia, causadas pelo novo coronavírus. A secretária disse que a prioridade do governo é ampliar a oferta de leitos nas unidades de saúde, para desafogar as unidades de urgência e emergência. Ela disse que respeita aos poderes Legislativo e Judiciário e pregou o diálogo e cooperação.

Ela citou a contratação de mais leitos do hospital Delphina Aziz, para que atinja a capacidade total de cem leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 250 leitos clínicos. Disse que, atualmente o hospital tem 66 leitos ativos de UTI, 12 leitos na Sala Rosa e 153 leitos clínicos e a ampliação para a capacidade máxima depende da chegada de médicos intensivistas.

A secretaria informou também, aos deputados, que o Governo do Estado fechou acordo com o Hospital Universitário Getúlio Vargas que, desde a terça-feira (21/04), disponibilizou 18 leitos de UTI e 45 leitos clínicos, exclusivos para pacientes Covid-19. E que o HUGV tem previsão de ampliação para 31 leitos de UTI, “desde que a direção do hospital conclua um processo seletivo para a contratação de pessoal”.

A secretária informou que, nas próximas horas, estão chegando à Manaus 20 respiradores enviados pelo Ministério da Saúde, que serão instalados no Hospital de Combate ao Covid-19 Nilton Lins, onde segundo ela, há previsão de 400 leitos,a um custo de R$ 72 por diária de cada leito.

Os deputados também foram informados que o Estado aguarda a liberação, por parte do Ministério da Saúde, de 150 respiradores adquiridos pelo Amazonas e está em tratativa para a aquisição de outros 200 equipamentos, importados.

A secretária esclareceu sobre os valores pagos pelos governos estaduais por esse tipo de equipamentos, por conta da pandemia. Em cotação realizada pela Susam, os preços dos equipamentos variam de R$ 150 mil a 190 mil, problema enfrentado por todos os Estados. “Ou compramos com esses valores de 50% a 60% a mais da média do mercado ou não compramos nenhum equipamento. Porque esse é o preço que o mercado permite”, disse.


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