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Investimento por aluno no Brasil aumenta, mas ainda é 6º pior, mostra relatório da OCDE

País investe US$ 3.668 por aluno do primário, e a média da OCDE é de US$ 11.914. Entre os 42 países avaliados, o Brasil aparece na 36ª colocação.

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Apesar de uma melhoria no indicador de investimentos por aluno, o Brasil está entre os seis países com menor investimento por pessoa no ensino primário, segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

Os números são da edição de 2024 do Education at Glance. O relatório da OCDE divulgado nesta terça-feira (10) compara as estruturas de educação dos países membros com base em dados de 2021.

O investimento por aluno no Brasil é consideravelmente menor do que a média da organização. O Brasil investe cerca de 69% a menos por aluno que a média.

País investe US$ 3.668 por aluno do primário, e a média da OCDE é de US$ 11.914. Entre os 42 países avaliados, o Brasil aparece na 36ª colocação.

Porém, se comparado ao relatório de 2023, houve um aumento no investimento médio no Brasil. No ano passado, cada aluno tinha um investimento público de US$ 2.981. Na última divulgação, o valor por aluno na mídia da OCDE também era menor (US$ 10.510).

O Brasil ocupa a sexta posição entre os que menos investem por aluno. O país só fica à frente de Romênia (US$ 3.241), Turquia (US$ 3.133), África do Sul (US$ 2.888), México (US$ 2.808) e Peru (US$ 2.022).

Vizinhos da América do Sul investem mais por aluno. Em 2021, os gastos da Argentina e do Chile por estudante foram de, respectivamente, US$ 3.679 (35º no ranking geral) e US$ 7.081 (29º).

No topo da lista dos que mais investem, estão Luxemburgo, Suíça e Noruega. Veja abaixo os cinco países que mais investiram por aluno do primário:

Luxemburgo: US$ 26.559
Suíça: US$ 19.679
Noruega: US$ 17.779
Islândia: US$ 16.899
Bélgica: US$ 15.897

Vale pontuar que a variação demográfica e o número de estudantes dos países podem influenciar diretamente os gastos públicos por pessoa. A quantidade de habitantes em idade escolar pode mudar, por exemplo, na necessidade de ampliar salas de aula, adquirir materiais didáticos, na contratação de professores, etc.

Queda em gastos com educação

O Brasil também investiu menos que a média da OCDE nos ensinos médio e superior: US$ 4.058 (média da OCDE: US$ 12.713) e US$ 13.569 (média da OCDE: US$ 17.138), respectivamente

Entre 2015 e 2021, houve um aumento de 2,5% ao ano, em média, no investimento público em educação no país. Por outro lado, os países da OCDE, em média, aumentaram o gasto em 2,1% ao ano no mesmo período.

A fatia de investimentos públicos com educação como proporção dos investimentos públicos totais do governo diminuiu de 11,2% em 2015 para 10,6% em 2021. Contudo, de acordo com o relatório, também houve uma redução entre o restante dos países membros da OCDE — de 10,9% para 10%.


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