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Banco da Amazônia tem lucro de R$ 332 milhões e vai retomar processo para aumento de capital de até R$ 2 bi

A carteira de crédito teve expansão anual de 10,3%, a R$ 52,2 bilhões. Só do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) são R$ 44,5 bilhões.

O Banco da Amazônia (Basa) registrou um lucro líquido de R$ 332,4 milhões no segundo trimestre, representando um aumento de 60,7% em comparação ao primeiro trimestre e 19,1% em relação mesmo período do ano passado. O banco, que teve uma assembleia geral extraordinária (AGE) cancelada em abril, vai retomar em breve o processo, que faz parte do seu movimento para fazer um aumento de capital, em um re-IPO, de até R$ 2 bilhões.

“Os números do trimestre vieram de acordo com o esperado, positivos para o banco. Reforçamos a solidez da nossa atuação. Nosso foco se mantém em buscar sempre o desenvolvimento sustentável da Amazônia, com crédito e soluções eficazes”, afirma Luiz Lessa, presidente do Basa.

A carteira de crédito teve expansão anual de 10,3%, a R$ 52,2 bilhões. Só do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) são R$ 44,5 bilhões. A inadimplência ficou em 2,48%, de 2,11% no primeiro trimestre e 1,87% um ano antes. Segundo Lessa, o aumento se deve a alguns casos específicos no atacado e também uma deterioração na carteira de agronegócio. “Tivemos alguns casos de RJ no atacado, que já estão 100% provisionados, e o agro foi impactado pela queda nos preços das commodities. Mas vai começar o novo Plano Safra e isso já está entrando nos eixos”.

Em novas avenidas de crescimento, o Basa deve lançar no início do próximo ano a emissão de cartões de crédito e também trabalha para montar uma operação de adquirência. “O cartão vai ter uma pegada ambiental, a possibilidade de o cliente ajudar na conservação da Amazônia, mas ainda não podemos revelar detalhes”, diz o executivo.

Sobre o aumento de capital, Lessa aponta que a AGE de abril foi cancelado porque alguns órgãos do governo exigiram estudos mais detalhados sobre alguns pontos, mas que agora o banco já entregou essa documentação e o processo da assembleia deve ser retomado em breve. “Depois disso vamos esperar a janela de mercado, mantemos aquela expectativa inicial de levantar até R$ 2 bilhões. Mas não vamos fazer a qualquer custo, queremos múltiplos que reflitam o perfil do nosso banco, nossa atuação em sustentabilidade”.

Ele lembra que o índice de Basileia subiu para 13,78% no segundo trimestre, de 13,28% no primeiro, e que o banco tem trabalhado para diversificar seu funding. Deve assinar até o próximo mês uma linha de 50 milhões de euros com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e também tem negociações avançadas para linhas com o BID e o Banco Mundial. “Estamos começando com valores pequenos, para aprender os processo, ganhar segurança, e depois podemos acessar linhas maiores com esses órgãos”, conta.


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