Coronavírus: número de novas infecções sobe 135% em 24 horas, no Amazonas

O número de novas infecções por novo coronavírus no Amazonas subiu 135% em relação a ontem, com 165 confirmações nas últimas 24 horas, o que eleva para 1.719 o total de casos no Estado. Entre ontem e hoje (16), as mortes causadas por Covid-19 também saltaram de 106 para 124, mas a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) alertou que outros 31 óbitos estão sendo investigados.

No boletim de ontem, o Estado havia confirmado 70 novas infecções por novo coronavírus. A velocidade da propagação da doença levou a diretora-presidente da FVS, Rosemary Pinto, a pedir, mais uma vez, que a população evite se expor ao contágio. “Evite ser mais um no hospital”, alertou.

O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) tem 350 exames à espera de resultado, o que é um indicativo de que os números tendem a subir nos próximos dias. E a explosão de casos deve vir acompanhada da falta de leitos.

De acordo com a secretária estadual de Saúde, Simone Papaiz, uma projeção apontou que, seguindo a crescente de contaminação que o Amazonas vem apresentando, seriam necessários 2.130 leitos, sendo 830 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivamente destinados a pacientes de Covid-19. No Hospital Delphina Aziz, referência para o tratamento da doença no Estado, a estimativa é que se chegue a, no máximo, 350 leitos.

A alta demanda e a velocidade com que ela surge foram as justificativas, segundo Rosemary Pinto, para que o governo decidisse alugar o Hospital Nilton Lins antes de por em funcionamento toda a capacidade do Delphina Aziz. “Temos que fazer as coisas de maneira rápida porque a velocidade de adoecimento é muito grande”, disse.

O número de internados com confirmação ou suspeita de coronavírus é de 688 pacientes. Desse total, 154 estão comprovadamente infectados pelo vírus – sendo mais da metade (84) em UTI. Também se encontram hospitalizadas em estado grave ou gravíssimo 124 pessoas com quadro suspeito de Covid-19.

Além de Manaus, a doença foi confirmada em moradores de 21 municípios do interior, tendo havido mortes em oito deles (Manacapuru, Iranduba, Parintins, Careiro Castanho, Carauari, Novo Airão, Tefé e Manicoré).