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Brasil, Colômbia e México pedem que Venezuela divulgue dados da eleição após “controvérsias”

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou nesta quinta-feira (1º) com os presidentes colombiano, Gustavo Petro, e mexicano, Andrés Manuel López Obrador.

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Os governos do Brasil, da Colômbia e do México divulgaram, nesta quinta-feira (1º), um comunicado conjunto pedindo que a Venezuela divulgue os dados desagregados da eleição após “controvérsias”.

A nota foi divulgada após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter conversado, pouco antes, com os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do México, Andrés Manuel López Obrador, a respeito do pleito que ocorreu no último domingo (28).

“Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação”, diz o comunicado.

Os três países latino-americanos pedem que as controvérsias sejam resolvidas “pela via institucional” e que a soberania popular deve ser respeitada “mediante a verificação imparcial dos resultados”.

A oposição ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirma que houve fraude durante a eleição. De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão ligado a Maduro, o atual presidente teria vencido com 51,2% dos votos contra 44,2% do oposicionista Edmundo González. Entretanto, o grupo contrário ao mandatário afirma que González venceu por cerca de 70% dos votos.

A oposição venezuelana planeja utilizar as atas eleitorais como base para questionar possíveis fraudes no resultado oficial, que será divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral.

Para Brasil, Colômbia e México, os atores políticos e sociais devem ter a “máxima cautela e contenção em suas manifestações e eventos público” para “evitar uma escalada de episódios violentos”.

Leia o comunicado na íntegra:

Os governos do Brasil, Colômbia e México felicitamos e expressamos nossa solidariedade com o povo venezuelano, que compareceu massivamente às urnas em 28 de julho para definir seu próprio futuro.

Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação.

As controvérsias sobre o processo eleitoral devem ser dirimidas pela via institucional. O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados.

Nesse contexto, fazemos um chamado aos atores políticos e sociais a exercerem a máxima cautela e contenção em suas manifestações e eventos públicos, a fim de evitar uma escalada de episódios violentos.

Manter a paz social e proteger vidas humanas devem ser as preocupações prioritárias neste momento.

Que esta seja uma oportunidade para expressar, novamente, nosso absoluto respeito pela soberania da vontade do povo da Venezuela. Reiteramos nossa disposição para apoiar os esforços de diálogo e busca de acordos que beneficiem o povo venezuelano.


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