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Indústria da construção aponta alto custo e dificuldade em encontrar mão de obra
Em julho, o índice de confiança caiu 1,1 ponto
A dificuldade de encontrar mão de obra com ou sem qualificação específica foi um dos principais problemas apontados pelos empresários da Construção no segundo trimestre do ano. A Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta segunda-feira (29) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que a falta ou alto custo de trabalhador não qualificado foi assinalada por 24,7% dos industriais, ficando em segundo lugar no ranking dos principais entraves enfrentados pelo setor. Na comparação com primeiro o trimestre, o problema cresceu 9,9 pontos percentuais.
“As indústrias de construção demonstram que não estão conseguindo atrair e reter trabalhadores mais jovens, pois eles estão preferindo outras carreiras”, explica a economista da CNI, Paula Verlangeiro.
Atividade
O índice que mede o nível de atividade apresentou estabilidade no segundo trimestre do ano. O usual para o período é queda na atividade. O indicador passou de 47,9 pontos para 49,9 pontos de maio para junho. “O indicador bem próximo da linha divisória dos 50 pontos pode ser interpretado como estabilidade do nível de atividade na comparação com o mês anterior”, explica a CNI.
Com relação ao índice do número de empregados, a pesquisa mostrou que ele ficou em 48,8 pontos em junho, resultado próximo ao de maio (49,0 pontos). “Como o índice continuou abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o emprego segue em queda na comparação com o mês anterior.”
Condições Financeiras
No segundo trimestre do ano, a percepção de alta de preços dos insumos e matérias-primas foi mais intensa e disseminada entre os empresários da Construção, segundo aponta a Sondagem. O índice de evolução do preço médio dos insumos subiu 3,2 pontos em relação ao trimestre anterior. Com isso, o indicador ficou em 61,8 pontos, maior que o registrado no segundo trimestre de 2023 (58,4 pontos), mas menor que o verificado no segundo trimestre de 2022 (73,0 pontos), quando a guerra entre Rússia e Ucrânia gerou impacto significativo sobre os preços.
De acordo com a pesquisa, a insatisfação com a margem de lucro operacional e com a situação financeira caiu no segundo trimestre. O índice referente à satisfação com a margem de lucro operacional foi de 45,6 pontos, enquanto o referente à satisfação com a situação financeira alcançou 48,7 pontos.
A percepção de dificuldade de acesso ao crédito cresceu no trimestre. O índice de acesso ao crédito foi de 39,1 pontos, queda de 0,6 ponto em relação ao trimestre anterior. Pela metodologia da pesquisa, quanto mais distante da linha divisória dos 50 pontos, mais intensa e disseminada é a dificuldade de acesso ao crédito.
Confiança
Em julho, o Índice de Confiança do Empresário da Indústria (ICEI) de Construção caiu 1,1 ponto, para 51,8 pontos. “Ao se aproximar da linha divisória de 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança, o indicador revela que os empresários seguem confiantes, mas a confiança está menos intensa e disseminada.”
A sondagem mostra ainda que o Índice de Expectativa, que mede as perspectivas dos empresários acerca da própria empresa e da economia brasileira, caiu 0,5 ponto de junho para julho. Mas, apesar da queda, o índice continua acima da linha divisória dos 50 pontos, o que indica que as perspectivas são favoráveis, ainda que “ligeiramente menos otimistas e disseminadas”.
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