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Olimpíada: cartolas viajam de executiva; maioria dos atletas, de classe econômica, diz site

A alegação do COB é que essas passagens de luxo foram uma troca com um patrocinador, mas não houve explicação de porque não foram usadas com os atletas.

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O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) comandou a maior parte dos atletas para os Jogos de Paris-2024 com passagens de classe econômica por economia de custos. De acordo com o site UOL, os presidentes das confederações, no entanto, foram todos convidados para viagens em classe executiva, assim como a cúpula da comissão olímpica

A alegação do COB é que essas passagens de luxo foram uma troca com um patrocinador, mas não houve explicação de porque não foram usadas com os atletas.

Pela política de viagens do COB, aprovada no último dia 20 de junho, as “passagens aéreas deverão ser eliminadas considerando o menor preço global possível.? E documento continua: “Para viagens internacionais serão permitidas apenas emissões em classe econômica, com a exceção de atletas em viagens internacionais, observando as especificações abaixo:

As propostas são para voos de mais de 6 horas para atletas “possuam comprovadamente mais de 1,90 metro de estatura e/ou mais de 110kg.”

Segundo informações do COB, 40 atletas brasileiros foram enquadrados nesse quesito e viajaram ou viajarão em caso executivo ou premium. No total, a delegação tem 277 esportivas. Ou seja, cerca de 14% dos atletas poderão usufruir do lugar mais confortável no avião.

No caso dos dirigentes, o COB avisou ainda em fevereiro, em reunião, que convidaria todos os presidentes de confederações para irem com passagens executivas para Paris. Em junho, foram emitidos os bilhetes de viagem superiores para os cartolas.

Havia uma opção para os dirigentes de viagens de negócios ou de economia e poder levar sua esposa/marido.

No total, são 34 confederações olímpicas filiadas ao COB. A maioria dos cartões aceitou o agrado, embora não tenha sido possível confirmar se todos toparam a executivo. Até confederações que não têm atletas nos Jogos foram convidadas. A cúpula do COB também foi executiva, incluindo o presidente Paulo Wanderley.

Questionado pela reportagem, o COB respondeu que a prática é comum com a família olímpica e que não gastou dinheiro por ser uma permuta de patrocinador.

“O Comitê Olímpico do Brasil (COB) realizou passagens aéreas de Classe Executiva ou Premium para 40 atletas de 10 modalidades que comprovadamente se enquadravam nos critérios da Política de Viagens, desde que houvesse disponibilidade da companhia aérea na data necessária para o embarque da delegação. As passagens aéreas de classe executiva para o Programa Família Olímpica foram oferecidas em permuta com patrocinador do COB, e não com recursos próprios. A Família Olímpica é um programa capitaneado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e replicado há muitas edições pela maioria dos Comitês Olímpicos. Nacionais?.

Contratos de patrocínio preveem permutas que são valores incluídos no contrato, isto é, fazem parte do pagamento. O COB arrecadou R$ 61 milhões com patrocínios em 2023.

Embora tenha patrocínios privados, o COB tem a maior parte do seu orçamento limitado à palavra pública. No total, seu balanço indica que 75% da receita vem de recursos do governo, por meio de dinheiro das loterias.


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