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No Amazonas, deputado coloca em dúvida gastos do governo com aluguel de hospital para Covid-19

Como o estacionamento da Expoagro 2019 custou ao povo R$ 800 mil por 14 dias e um hospital por 30 dias quase o mesmo valor, R$ 866 mil? O povo não é burro, disse o deputado Wilker Barrero (Podemos).

O deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) colocou em dúvida os valores que o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) informou que vai pagar pelo aluguel do hospital Nilton Lins e informou que vai representar ao Tribunal de Contas (TCE) e ao Ministério Público para que investiguem. “Como o estacionamento da Expoagro 2019 custou ao povo R$ 800 mil por 14 dias e um hospital por 30 dias quase o mesmo valor, R$ 866 mil? O povo não é burro, disse o deputado, em sua rede social na internet.

Após repercussão negativa da informação do secretário-executivo de Atenção Especializada do Interior da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), Cássio Roberto, de que o aluguel do Hospital da Nilton Lins custaria R$ 2,6 milhões, o governador Wilson Lima negou e afirmou que o valor é de R$ 866 mil por mês. “ O dano ao erário está materializado! Como o estacionamento da Expoagro 2019 custou ao povo R$800 mil por 14 dias e um hospital por 30 dias quase o mesmo valor, R$ 866 mil? O povo não é burro, governador. Basta fazer os cálculos. Por isso, vou representar junto ao TCE-AM e MPE-AM para que o governador devolva as cofres públicos o dinheiro da Expoagro”, disse Barreto.

Não é a primeira vez que contratos do governo com o Grupo Nilton Lins Viram notícias. No ano passado, o Ministério Público de Contas do Estado (MPC) representou ao TCE contra a Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) para apurar “exaustivamente” a possível ocorrência de “ilegalidade, falta de isonomia e antieconomicidade” na dispensa de licitação para a contratação da Universidade Nilton Lins, por R$ 800 mil, na locação de área para realização da 41ª Exposição Agropecuária do Amazonas ( Expoagro), que começa nesta quinta-feira e vai até o dia 6 de outubro.

Na representação, o procurador Ruy Marcelo Alencar de Mendonça disse que “verificou-se fortes indícios de que o processo de contratação direta seria inválido e lesivo ao erário, por inconsistência no projeto básico, falha de planejamento e por parcial inobservância dos requisitos de validade pertinentes à espécie, em prejuízo à isonomia, economicidade e eficiência”.

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