Brasil
Quase um terço dos casos de malária na Amazônia ocorre em crianças de até 12 anos, diz Ministério da Saúde
Na busca pelo controle e pela eliminação da malária, o diagnóstico e o tratamento oportunos são combinados com ações de controle vetorial do mosquito, como os mosquiteiros.
De 2013 a 2022, foram registrados 1.510.137 casos locais de malária na região amazônica brasileira. Destes, 29,03% (438.436) ocorreram em crianças de até 12 anos, Ao todo, 73 pessoas morreram. Entre elas, 22 tinham menos de um ano de idade.
Os dados, divulgados na nova edição do Saúde Brasil, lançada neste mês pelo Ministério da Saúde, mostram que a taxa de letalidade por malária na região amazônica é baixa, mesmo em crianças.
Uma das estratégias para diminuir a doença é o uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas de longa duração. Eles são distribuídos e instalados gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em áreas de alta transmissão.
Na busca pelo controle e pela eliminação da malária, o diagnóstico e o tratamento oportunos são combinados com ações de controle vetorial do mosquito, como os mosquiteiros. Recomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), eles oferecem uma barreira física e química, e diminuem a população intradomiciliar do vetor.
Para o tratamento de menores de 12 anos contra a malária causada pelo Plasmodium falciparum, o Ministério da Saúde está retomando a oferta da associação artesunato e mefloquina, conhecida como ASMQ —produzida no Instituto de Tecnologia em Fármacos, o Farmanguinhos, uma unidade da Fiocruz.
O AMSQ foi incorporado ao Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária em 2009, mas teve sua fabricação interrompida em 2021.
Em 2023, foram fabricados e disponibilizados no SUS 254,4 mil unidades do medicamento para maiores de 12 anos. Em 2024, a Farmaguinhos retomou a produção do ASMQ para as crianças abaixo de 12.
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