Parlamento da Amazônia busca mesmo formato institucional do parlamento do Mercosul

A proposta de avanço da institucionalização do Parlamento da Amazônia ocorreu após o presidente do Parlamaz, senador Nelsinho Trad (PSD/MS), participar da 8ª sessão ordinária do Parlamento Amazônico (Parlamaz), em Tarapoto, no Peru, o último dia 5/6. Reunido com o embaixador do Brasil no Peru, Clemente Baena Soares, e com o vice-presidente do Congresso peruano, Arturo Alegria, foi lançada a proposta para construir um acordo para a escolha da nova secretaria-geral da OTCA.

Durante a sessão ordinária do Parlamento da Amazônia, o presidente do colegiado defendeu que a institucionalização do Parlamaz é um compromisso assumido por chefes de estado dos oito países que o integram durante a Cúpula da Amazônia, em agosto do ano passado, em Belém.

Outro destaque durante a sessão, foi o encaminhamento para construir um acordo para que as chancelarias do Peru, do Brasil e da Colômbia trabalhem, de forma conjunta, para viabilizar a escolha da nova secretária-geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA. Criada em 1995 para implementar os objetivos do Tratado de Cooperação Amazônica, a OTCA vem funcionando desde o início deste ano sob a presidência interina da ex-senadora Vanessa Grazziotin.

O presidente do Parlamaz explicou que a escolha da nova secretaria-geral da OTCA é um passo fundamental para o fortalecimento das negociações que deverão permitir a institucionalização do Parlamaz. Segundo Nelsinho, a ideia é dar ao Parlamento da Amazônia a mesma modelagem institucional do Parlamento do Mercosul – Parlasul, criado em 2005 para legislar sobre os interesses comuns dos países ali representados e para funcionar como um órgão político independente. “Saímos daqui com a perspectiva para o futuro do início das atividades do Grupo de Trabalho da OTCA, para a institucionalização do colegiado do Parlamento Amazônico. Precisamos implementar a Declaração de Belém, da Cúpula da Amazônia e pra isso, seguimos com o nosso propósito de fortalecer a organização a partir do diálogo parlamentar”, disse.

Nelsinho Trad explicou que uma vez institucionalizado, as decisões do Parlamaz poderão contribuir para a promoção do desenvolvimento sustentável na Amazônia, beneficiando mais de 50 milhões de pessoas que vivem na região.