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Economia

Concurso Nacional Unificado: mulheres são maioria, e há 475 mil cotistas

Governo federal divulgou dados após fim do período de inscrições

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos traçou, nesta sexta-feira, um perfil dos candidatos ao Concurso Nacional Unificado, que oferece 6.642 vagas em 21 órgãos públicos federais, com salários de até R$ 23 mil. Ainda que tenham sido feitas 2,6 milhões de inscrições, o certame teve 2,1 milhões de cadastros confirmados: 1,5 milhão de pagantes e 600 mil isentos.

Dentre os concorrentes, as mulheres são maioria. Foram cadastradas 1,2 milhão de pessoas do sexo feminino, ao passo que o concurso computou 938 mil inscrições do sexo masculino. O processo seletivo contará ainda com 475 mil participantes cotistas; sendo 420 mil negros, 45 mil pessoas com deficiência (PcDs) e dez mil indígenas.

Com as inscrições, o governo arrecadou R$ 126 milhões, valor suficiente para a cobertura dos custos. Dos 1,5 milhão de pagamentos feitos, a maioria das inscrições foi voltada para os blocos que exigem nível superior, com 1,113 milhão de candidatos.

Na divisão por blocos, porém, o que terá mais concorrentes é o que exige apenas nível intermediário.

Veja lista, com número de vagas e candidatos para cada bloco:

  1. Infraestrutura, Exatas e Engenharias (727 vagas) – 121.838 inscritos
  2. Tecnologia, Dados e Informação (597 vagas) – 77.943 inscritos
  3. Ambiental, Agrário e Biológicas (530 vagas) – 102.922 inscritos
  4. Trabalho e Saúde do Servidor (971 vagas) – 336.284 inscritos
  5. Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (1.016 vagas) – 300.766 inscritos
  6. Setores Econômicos e Regulação (359 vagas) – 74.283 inscritos
  7. Gestão Governamental e Administração Pública (1.748 vagas) – 429.370 inscritos
  8. Nível Intermediário (692 vagas) – 701.029 inscritos

Perfil socioeconômico

A maior parte dos inscritos (20,5%) recebe entre R$ 2.825 e R$ 4.236.

Na sequência, estão pessoas que ganham entre R$ 1.413 e R$ 2.824 e as que recebem entre R$ 4.237 e R$ 7.060, ambos grupos com 20,3%.

Outros 16,5% têm renda mensal de até R$ 1.412, e 16% tem provimentos entre R$ 7.061 e R$ 14.120.

Apenas 6,3% dos participantes recebem acima de R$ 14.120.

Estado do Rio tem mais de 127 mil inscritos

De acordo com informações do MGI, o Estado do Rio de Janeiro registrou 127 mil inscritos no Concurso Nacional Unificado. A unidade da federação ficou atrás apenas do Distrito Federal, que conta com 220 mil candidatos.

As oportunidades no Rio de Janeiro incluem as carreiras de:

  1. Médico
  2. Psicólogo
  3. Arquivista
  4. Bibliotecário
  5. Contador
  6. Antropólogo
  7. Assistente social
  8. Economista
  9. Engenheiro especialista em ciência e tecnologia
  10. Analista em reforma agrária

No Rio de Janeiro, o Concurso Nacional Unificado terá 11 cidades nas quais as provas serão aplicadas. São elas:

  1. Rio de Janeiro
  2. Cabo Frio
  3. Campos dos Goytacazes
  4. Belford Roxo
  5. Duque de Caxias
  6. Niterói
  7. Nova Iguaçu
  8. São Gonçalo
  9. São João de Meriti
  10. Volta Redonda
  11. Petrópolis

Datas importantes

  1. Divulgação dos cartões de confirmação: a partir de 25 de abril
  2. Aplicação das provas objetivas e discursiva: 5 de maio
  3. Divulgação preliminar dos gabaritos das provas objetivas: 7 de maio
  4. Divulgação das notas finais das provas objetivas e da nota preliminar das provas discursivas: 21 de junho
  5. Divulgação do resultado dos pedidos de revisão das notas da prova discursiva: 29 de junho
  6. Envio dos títulos: 29 de junho a 1º de julho
  7. Resultado preliminar da avaliação de títulos: 16 de julho
  8. Previsão de divulgação dos resultados finais: 30 de julho
  9. Início da convocação de candidatos aprovados para posse ou cursos de formação: 5 de agosto

Concurso Nacional Unificado: qual a melhor estratégia de estudos, agora que o carnaval passou?

Passado o carnaval, os foliões começaram a deixar as fantasias de lado, voltando à rotina de trabalho e estudos. Com a prova do Concurso Nacional Unificado (CNU) batendo à porta — no dia 5 de maio —, é preciso estar atento para garantir uma das vagas de ingresso no serviço público. Portanto, é preciso estar com o aprendizado em dia para não ficar de fora do maior certame da história.

Desde o lançamento dos editais, os cursinhos preparatórios começaram a reorganizar as aulas para abordar os temas previstos e o novo modelo de aplicação das provas. O conteúdo voltado ao nível superior surpreendeu diretores e professores pela ausência de matérias que tradicionalmente fazem parte de concursos.

No bloco voltado às carreiras de nível médio, a principal novidade é a exigência de conhecimentos de realidade brasileira, que envolvem temas como políticas públicas, direitos humanos, diversidade, inclusão e meio ambiente. Diretor e professor da Central de Concursos, Gabriel Henrique Pinto salienta que, para quem deixou os estudos de lado durante a folia, é preciso fazer uma boa revisão nos conteúdos.

— A recapitulação pode ser feita por meio de exercícios de fixação, bem como também pela leitura de resumos e mapas mentais. Depois disso, é fundamental focar os estudos nos demais tópicos do conteúdo programático de cada disciplina. No entanto, não basta só ler a teoria. É fundamental também praticar. É indispensável realizar exercícios de fixação e, sobretudo, provas anteriores da Cesgranrio, que é a organizadora do concurso — aconselha.

Além das provas objetivas, serão aplicadas questões discursivas aos candidatos. Aos de nível superior, a depender do bloco temático escolhido, a avaliação discursiva terá somente uma questão. Metade da nota será voltada à análise do conteúdo, e a outra metade, ao correto uso da língua portuguesa.

Conforme as semanas passam e a prova fica cada vez mais perto, o tempo de estudo deve ser dedicado mais à resolução de questões do que à teoria, aponta Gabriel Henrique Pinto.

— Sugiro também que, sobretudo faltando cerca de 45 dias para as provas, os candidatos passem a realizar, se possível todas as semanas, um simulado. Além de ser uma forma de mensurar os conhecimentos sobre todas as disciplinas que serão cobradas nas provas, ele também estará treinando ‘gestão de tempo’ (para responder às questões e preencher o cartão-resposta) e se preparando psicologicamente para tudo o que envolve o dia do concurso — complementa.

Divisão em blocos

O novo modelo de seleção adotado pelo Concurso Nacional Unificado permite que os participantes concorram a mais de um cargo dentro de uma área escolhida. As vagas foram divididas em oito blocos, sendo sete destinados a cargos de nível superior e um para nível médio.

Cada um desses blocos terá cinco eixos temáticos. Cada órgão definiu pesos diferentes para cada eixo temático. Ou seja, mesmo com as vagas agrupadas em um mesmo bloco, os conteúdos cobrados terão pesos diferentes, dependendo do cargo selecionado.

Victor Dalton, fundador e diretor do Direção Concursos, dá um conselho para quem está determinado a participar do processo seletivo:

— Como o conteúdo programático é radicalmente diferente do que vimos nos concursos na última década, o ideal é ter uma rotina de estudos de modo a passar por todas as matérias ao longo de uma semana. Desta forma, o candidato sempre estará em contato com todo o conteúdo do concurso. Assim, ele diminui as chances de esquecer a matéria à medida que avança nos estudos.

Análise de títulos

Além da prova, diversos cargos preveem uma fase de análise de títulos. Essa etapa será classificatória somente. Por isso, é importante que os candidatos tenham todos os documentos que comprovem suas titulações.

Victor Tanaka, especialista em Concursos Públicos do Estratégia Concursos, detalha que a preparação deve ser muito focada no estudo de modelo de prova aplicado pela banca. Uma outra dica é trabalhar muito a atenção nas matérias que são inéditas, conteúdos que o aluno nunca viu e que têm um peso maior, diz:

— A tendência é a de que a banca, inevitavelmente, acabe repetindo formas de cobrança de conteúdos prévios, nem que seja a maneira interpretativa da questão. Então, é fundamental a resolução de muitas questões da banca Cesgranrio. E, ao mesmo tempo, aliar com revisões periódicas. Numa reta final, eu recomendo menos aquela revisão do dia seguinte e mais aquela revisão semanal ou por blocos.

Filipe Chagas, professor da ZeroHum Concursos, destaca a necessidade dos alunos ingressarem em cursos preparatórios.

– Embora pareça uma propaganda, essas escolas já têm conteúdos organizados e focados para a prova, o que poupa tempo de organização dos alunos — afirma.

As informações são do Extra.


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