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Brasil

Em pronunciamento, Bolsonaro pede volta à normalidade e diz que imprensa espalha pavor

Presidente contrariou recomendações das autoridades sanitárias mundiais e do próprio Ministério da Saúde; Senado reagiu às declarações

O presidente Jair Bolsonaro, participa da cerimônia de assinatura dos contratos de concessão da 5ª Rodada de Leilões de Aeroportos da Infraero.

Em pronunciamento no rádio e na TV na noite desta terça-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro pediu volta à normalidade e voltou a atacar a imprensa, que ele afirma ter criado uma histeria sobre a propagação do novo coronavírus.

Bolsonaro afirmou que as autoridades devem evitar medidas como proibição de transportes, o fechamento de comércio e o confinamento em massa. “Nossa vida tem que continuar. Os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos, sim, voltar à normalidade”, destacou, contrariando os apelos feitos pelas autoridades sanitárias mundiais e pelo próprio Mistério da Saúde.

O presidente voltou a dizer que o grupo de risco para a doença é o das pessoas acima dos 60 anos de idade e que não teria necessidade de fechamento de escolas, já que são raros os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos.

Segundo ele, 90% da população não terá qualquer manifestação da doença, caso se contamine, e a preocupação maior deve ser não transmitir o vírus, “em especial aos nossos queridos pais e avós”.

Bolsonaro afirmou que os meios de comunicação se aproveitaram da pandemia para espalhar pavor e que, se ele contrair o vírus, não terá mais do que uma “gripezinha”.

O pronunciamento  do gerou reações nas redes sociais e entre autoridades.  O presidente do Senado, Davi   Alcolumbre, e o vice-presidente, Antonio Anastasia, divulgaram  nota classificando como “graves” as declarações.

“Consideramos grave a posição externada pelo presidente da República hoje, em cadeia nacional, de ataque às medidas de contenção ao covid-19. Posição que está na contramão das ações adotadas em outros países e sugeridas pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS). A Nação espera do líder do Executivo, mais do que nunca, transparência, seriedade e responsabilidade”, diz a nota da Presidência do Senado.

 


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