Brasil
Na Amazônia, 95% dos servidores do Ibama desistem de ação de fiscalização
Servidores do Ibama iniciaram uma paralisação na fiscalização no fim de dezembro; grupo cita “abandono total” e cobra governo Lula
Cerca de 95% dos fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) desistiram de atuar em uma operação contra o desmatamento na Amazônia e a invasão de terras indígenas Yanomami. A informação consta de um documento do Ibama assinado na última sexta-feira (5/1).
O chefe de Fiscalização da Flora do Ibama afirmou que só quatro entre 87 servidores previamente inscritos confirmaram a participação na fiscalização da Amazônia. Ou seja, só 5% do planejado. Isso tornou “inviável” a execução dessas atividades, afirmou o funcionário, acrescentando:
“Tal fato produz impactos […] nas ações de combate ao desmatamento e no cumprimento de decisões judiciais que envolvem a proteção de terras indígenas”.
Até o último sábado (6/1), a paralisação no Ibama e no Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) contava com a adesão formal de ao menos 2.100 servidores. Desde o fim de dezembro, os funcionários alegam “total abandono” do governo Lula e cobram melhorias na carreira. Ainda não há previsão para a volta dos trabalhos de fiscalização.
Procurado, o Ibama não respondeu.
As informações são do Metrópoles.
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