Brasil proíbe entrada de estrangeiros por via aérea, mas deixa Estados Unidos fora da restrição

O governo brasileiro editou uma portaria, na noite de quinta-feira (19), proibindo a entrada no país por via aérea de estrangeiros vindos de 12 blocos e países, incluindo toda a União Europeia, a China e o Japão, mas deixou de fora os Estados Unidos, que têm hoje o sexto maior número de casos de coronavírus registrados no mundo e a segunda maior velocidade de crescimento da epidemia.

A portaria, publicada em Edição Extra do Diário Oficial, restringe por 30 dias a entrada de estrangeiros vindos da China, de todos os países que compõe a União Européia, Islândia, Noruega, Suíça, Reino Unido, Irlanda do Norte, Austrália, Japão, Malásia e Coreia do Sul.

De acordo com a agência Reuters, questionado sobre as razões da escolha desses países, o Ministério da Justiça alegou maior risco de contágio, mas não soube explicar porque os Estados Unidos não estariam então entre os países com restrição de entrada.

Nos Estados Unidos, 18 integrantes da comitiva do presidente Jair Bolsonaro foram infectados pelo coronavírus, depois da viagem presidencial a Miami, há 10 dias.

A portaria não restringe a entrada de brasileiros que estejam nesses países, ou estrangeiros com residência fixa no Brasil. Também será autorizada a entrada de pessoas em missão de organismos internacionais e diplomatas acreditados no Brasil, estrangeiro que esteja vindo ao país para se reunir com sua família e pessoas cuja entrada seja do interesse do governo brasileiro.

O transporte de cargas também continua liberado.

Mais cedo, o governo já havia editado portaria fechando as fronteiras terrestres do país com o restante da América do Sul, com exceção do Uruguai, com quem há uma negociação em separado.