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Amazonas

MPAM: faltam peritos e câmaras frigoríficas para corpos no IML e Instituto de Criminalística do Amazonas

Segundo promotores, a falta de equipamentos básicos nos dois órgãos pode prejudicar o trabalho de investigação feito pelas forças de segurança do estado.

Falta de câmaras frigoríficas para armazenar os corpos, poucos peritos e prédios em condições precárias. Esses são alguns dos problemas encontrados pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM) após uma vistoria nos prédios do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Criminalística (IC) do estado, feita na sexta-feira (1º), em Manaus. As informações são do site g1 Amazonas.

A Rede Amazônica questionou a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) sobre os problemas apontados pelo MP e aguarda resposta.

A visita foi comandada pelos promotores Iranilson Ribeiro e Márcio Mallo. Segundo eles, a falta de equipamentos básicos nos dois órgãos pode prejudicar o trabalho de investigação feito pelas forças de segurança do estado.

“Constatamos que no IML faltam peritos, não há câmaras frigoríficas suficientes e os laudos de presos em flagrante, apesar de a maioria ser feito de forma rápida, não são juntados aos autos antes da audiência de custódia. Com isso, a gente não consegue avaliar se os presos sofreram agressões ou não”, disse o promotor Iranilson Ribeiro.
No Instituto de Criminalística, a situação é igual ou até pior. Segundo Iranilson, o prédio onde funciona o órgão não atende minimamente as funções exercidas pelos profissionais.

“Faltam equipamentos e aplicativos para a realização das perícias e isso impede que as investigações sobre homicídios e outros crimes graves avancem. Os peritos devolvem as requisições da Delegacia de Homicídios sem realizar as perícias e centenas de inquéritos sobre assassinatos não são concluídos”, explicou.

“Isso é apenas um exemplo de como a falta de uma perícia técnica adequada impede que a Polícia Civil conclua as investigações que ficam paradas na DEHS, sem falar nas investigações envolvendo tráfico de drogas e organizações criminosas”, continuou.

Ainda segundo o promotor, o MP chegou a ingressar com uma Ação Civil Pública para que o Estado garanta investigações eficientes, mas a administração estadual recorreu alegando que o órgão ministerial e nem mesmo a justiça têm legitimidade para interferir na política pública de segurança do estado.

“Estamos aguardando o Tribunal de Justiça decidir se o Instituto de Criminalística pode ficar do jeito que está, até que a boa vontade do Estado resolva quando vai garantir uma investigação eficiente, porque hoje deixa demais a desejar. Enquanto isso as investigações de homicídios ficam prejudicadas, especialmente pelas precárias condições prediais e, principalmente, pela falta de equipamentos e softwares de investigação”, finalizou.


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