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Trégua: Cessar-fogo entre Israel e Hamas começa; 13 reféns israelenses devem ser libertados

Antes do cessar-fogo ter início, tropas das Forças de Defesa de Israel realizam intensos bombardeios contra alvos do Hamas em várias cidades em toda a Faixa de Gaza.

Civis se aglomeram no posto de fronteira de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza. (Foto:REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa)

Teve início às 2h de desta sexta-feira (24) o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza em face da liberação de reféns israelenses detidos com o Hamas, confirmaram autoridades israelenses.

O que aconteceu

A expectativa é de que a pausa dure quatro dias, com libertação de 10 ou 12 reféns israelenses por dia de trégua.

Um primeiro grupo de 13 reféns será libertado no fim da manhã de hoje (horário de Brasília), em troca de prisioneiros palestinos.

Após 15 minutos do início da pausa nos combates, sirenes de alerta de mísseis soaram em Kissufim e Ein Hashlosha, na fronteira de Gaza.

Ataques antes do cessar-fogo

Antes do cessar-fogo ter início, tropas das Forças de Defesa de Israel realizam intensos bombardeios contra alvos do Hamas em várias cidades em toda a Faixa de Gaza.

Os ataques israelenses atingiram os campos de refugiados de Jabalia, Nuseirat e al-Maghazi, no norte de Gaza, enquanto trocas de tiros entre tropas de Israel e homens armados palestinos foram registradas nas proximidades de Beit Lehia.

Caminhões com ajuda começam a entrar em Gaza
Ao menos oito caminhões já entraram na Faixa de Gaza desde que o cessar-fogo entre Israel e Hamas começou.

São quatro caminhões de combustível e quatro de gás de cozinha para organizações de ajuda humanitária da ONU (Organização das Nações Unidas), afirma o Coordenador de Atividades Governamentais nos Territórios do Ministério da Defesa. As cargas entraram na parte sul da Faixa de Gaza através da passagem de Rafah, no Egito. “O combustível e o gás de cozinha destinam-se ao funcionamento de infraestruturas humanitárias essenciais na Faixa de Gaza”, disse

Israel insiste em visitas da Cruz Vermelha aos reféns

Israel insiste que o acordo inclua um compromisso para permitir que equipes médicas da Cruz Vermelha visitem os reféns detidos em Gaza. Segundo uma fonte diplomática citada pela mídia hebraica, os negociadores do acordo, Qatar, Estados Unidos e Egito, estão todos comprometidos com a implementação integral do acordo. O Qatar e a Cruz Vermelha não confirmam se as visitas estão incluídas na trégua entre Israel e o Hamas.

Entenda os termos do acordo

O governo de Israel anunciou na terça-feira (21) que seu gabinete de guerra aceitou fazer um acordo com o Hamas. Conflito com o grupo extremista se arrasta desde 7 de outubro, quando foram realizados os primeiros ataques do Hamas no sul de Israel.

Acordo aprovado pelo gabinete israelense visa a libertação de 50 reféns que estão com o Hamas. O anúncio aconteceu após uma série de reuniões das autoridades do governo de Benjamin Netanyahu.

Israel também concordou em libertar cerca de 150 palestinos da prisão. Nos dois casos, a prioridade de liberação seria de mulheres e menores. No caso dos presos palestinos, condenados por homicídio ficam excluídos do acordo.

Israel informou que “recebeu uma primeira lista” de reféns e que está “em contato” com familiares, sem especificar se referia a todos os reféns que poderiam ser libertados a qualquer momento durante o processo ou àqueles que poderiam ser libertados na sexta-feira.


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