Pagamentos atrasados: fornecimento de refeições no HPS Dr. João Lúcio, do governo do Amazonas, não tinha cobertura contratual

De acordo com dados do Portal da Transparência do Estado, a empresa J S P Serviço de Alimentação e Limpeza Eireli (CNPJ 23.512.039/0001-93), vinha prestando serviço ao Hospital e Pronto-Socorro Dr. João Lúcio, um dos maiores do governo do Amazonas, em Manaus, sem cobertura contratual. Na semana passada, um cartaz, no refeitório da unidade, anunciava que a empresas deixaria de prestar os serviços, “por falta de insumos”.

A empresa estava fornecendo alimentação, “através de produção e distribuição de dietas diárias desjejum, lanches, almoço, jantar e ceia, para os servidores, pacientes e acompanhantes”, da unidade, que fica na Zona Leste de Manaus, uma das mais populosas da cidade. E não vinha recebendo os pagamentos, atrasando, inclusive, salários dos seus funcionários.

O contrato da empresa havia sido transferido da unidade gestora 017113, o Dr. João Lúcio, para a unidade gestora 017101, a própria Secretaria de Saúde do Estado (SES),com vigência até 01/12/2022 e valor mensal de R$ 472.744,20 e total de R$ 5.672.930,40.

No último final de semana, várias denúncias de que servidores, acompanhantes e até pacientes ficaram sem as refeições foram postadas nas redes sociais, principalmente em grupos de WathsApp.

Em nota, no fim de semana, o secretário da SES, Anor Samad, confirmou o atraso nos pagamentos da empresa que fornece alimentação no Dr. João Lúcio. Disse que ia fazer uma força tarefa e que não permitiu que faltasse alimentação na unidade. E, ainda, que o governador do estado Wilson Lima (UB), ordenou que a empresa fosse imediatamente trocada.

A sites de notícias de Manaus, a empresa confirmou que está comos pagamentos atrasados, e que a inciativa de por o cartaz partiu dos próprios funcionários, que estão há meses sem receber os salários.

Anoar Samad afirmou que nenhum hospital ficará sem refeição e pede que todos fiquem tranquilos. “O governador tem sido muito correto comigo, ele sabe que a saúde é importante e mandou liberar os pagamentos, no que depender de mim, nenhum hospital ficará sem refeição, isso eu garanto”, afirmou.