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Brasil

Fraude na pandemia: grupo que superfaturou compra de respiradores no Rio é alvo de operação, 3 são presos

Nove equipamentos foram adquiridos de forma irregular, segundo investigações. Equipes do Rio de Janeiro cumprem sete mandados de prisão e 10 de busca e apreensão.

Casa em Barra de Guaratiba é um dos endereços alvo de busca e apreensão na terceira fase da operação Éolo (Foto: Reprodução/ TV Globo)

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), junto com a Polícia Civil realizam, na manhã desta sexta-feira, a terceira fase da operação Éolo. O objetivo é cumprir sete mandados de prisão e 10 de busca e apreensão contra integrantes de uma organização que superfaturou a compra de nove respiradores mecânicos para o combate à Covid-19 em Carmo, cidade na Região Serrana do estado. Até o momento, três pessoas foram presas e o ex-prefeito do município serrano Paulo César Ladeira é um dos alvos, segundo a TV Globo.

Segundo o MPRJ, os valores foram pagos com recursos destinados pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) ao município de Carmo. Os mandados expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital estão sendo cumpridos na capital, nos bairros Recreio dos Bandeirantes e Barra de Guaratiba, na Zona Oeste; em Mangaratiba, na Costa Verde; São João de Meriti, Nilópolis e Mesquita, na Baixada Fluminense; Laje de Muriaé, no Noroeste Fluminense; e Carmo, na Região Serrana.

O GAECO/MPRJ denunciou à Justiça 14 integrantes pelos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, contratação direta ilegal e fraude nos contratos de licitação, lavagem de dinheiro, entre outros.

A operação Éolo, realizada nesta sexta-feira, é um desdobramento da operação Chorume, que também já teve mais de uma fase. Nesta última, foram investigados fraude em licitações de contratos na área de limpeza urbana. Em agosto de 2021, quatro vereadores e dois secretários municipais de Carmo foram presos. Ainda naquele ano, na segunda fase, a ação prendeu o ex-prefeito da cidade Paulo César Ladeira, investigado por receber propina em contratos ligados a empresas que também faziam parte da quadrilha. Na terceira fase da Éolo, hoje, o ex-prefeito também é um dos alvos de investigações, segundo a TV Globo.


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